Marco Aurélio Mello, sobre Lewandowski na Justiça: ‘Brasil desarrumado’

Ex-ministro criticou a indicação de ex-colega no STF para assumir ministério no governo Lula
Marco Aurélio E Lewandowski, Durante Sessão No Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio E Lewandowski, Durante Sessão No Supremo Tribunal Federal
Marco Aurélio e Lewandowski, durante sessão no Supremo Tribunal Federal | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ex-ministro criticou a indicação de ex-colega no STF para assumir ministério no governo Lula

O ex-juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, expressou sua opinião de que a nomeação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública representa “um Brasil desarrumado”.A indicação do juiz para integrar o governo foi confirmada na quinta-feira, 11, pelo presidente Luiz Inácio da Silva.

Em uma entrevista ao site Poder360 nesta quinta-feira, Marco Aurélio expressou sua declaração. Durante a discussão, o ex-ministro expressou críticas à decisão de Lula de substituir Flávio Dino, que está prestes a assumir o cargo de ministro na Suprema Corte.

“O caminho deve ser inverso — do Ministério da Justiça para o Supremo”, criticou o ex-ministro do STF. “Um ministro aposentado ser auxiliar do presidente da República, demissível a qualquer momento? Isso não passa pela minha cabeça. Mas, paciência, é o Brasil desarrumado.”

Em 1990, Marco Aurélio ocupou uma posição no STF, uma indicação feita pelo presidente da época, Fernando Collor de Melo. Por outro lado, Lewandowski tornou-se membro do Supremo em 2006, graças à indicação de Lula. Marco Aurélio e Lewandowski foram colegas por aproximadamente 15 anos, até a aposentadoria de Marco Aurélio em 2021.

Lula anuncia Lewandowski como novo ministro da Justiça

A divulgação de Lewandowski como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública ocorreu após um encontro entre ele, Lula e o atual ministro, Flávio Dino, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Hoje é um dia muito feliz para mim, porque estou diante de um companheiro [Dino] que está prestando um serviço extraordinário ao país e à Justiça, que o Congresso aprovou para que ele seja, em 22 de fevereiro, o novo ministro do STF”, disse Lula a jornalistas. “Tenho também um companheiro [Lewandowski] que deixa o STF e vai ocupar a cadeira do companheiro Flávio Dino.”

A posse do novo ministro só ocorrerá no dia 1° de fevereiro, momento em que deverá revelar sua equipe para o ministério. Enquanto isso, Dino continua no cargo. O membro do PT declarou que não pretende interferir nas decisões do novo ministro do departamento para formar o ministério, mas quer discutir o tema com Lewandowski.

Lewandowski Abandona contratos como Advogado para se Tornar Ministro

Se Lewandowski quiser ocupar o cargo de Ministro de Justiça e Segurança Pública, precisará renunciar aos seus trabalhos de advogado. Ele também terá que parar de atuar como conselheiro para organizações.

Após sua saída do Supremo Tribunal Federal em abril do ano anterior, Lewandowski retomou sua carreira como advogado. Ele foi contratado pela J&F, uma empresa que administra as operações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, incluindo o frigorífico JBS, o Banco Original e a Eldorado Brasil, uma produtora de papel e celulose, um mês após deixar o Tribunal.

Atuando como advogado da J&F, o ex-ministro do Supremo está cuidando de um processo que envolve valores na casa dos bilhões. A família Batista, representada legalmente por Lewandowski, está em processo contra a Paper Excellence, da Indonésia. Em 2017, a J&F aceitou vender todas as ações da Eldorado Brasil para a empresa indonésia, um negócio que implicaria em um pagamento de R$ 15 bilhões.

No decorrer do processo, as duas empresas começaram a se acusar mutuamente. Atualmente, a J&F detém a maioria das ações da Eldorado Brasil, com 50,59% de participação. Por enquanto, a empresa dos irmãos Batista sugere a revogação do acordo.

Ao aceitar o convite para se juntar ao governo de Lula, o ex-juiz precisará abandonar a sociedade que mantém com sua esposa em uma firma de advocacia em Brasília. Ele havia retomado sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil após deixar o Supremo Tribunal Federal. As informações são da Revista Oeste.

1 comments
  1. Mais um comunista em ponto chave do desgoverno luladrão! É uma pouca vergonha desses canalhas! Mas eles se esquecem que nem todos os generais são melancias! O deles vai chegar! Serão julgados pelo povo que não terá complacência com traidores da Pátria!

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