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Grupo pede para governo criar mais de 60 terras indígenas

Territórios estão espalhados por Estados do Sul e do Sudeste

No que depender do grupo autodenominado Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), o Brasil terá de contar com mais 66 terras indígenas (TI). Em documento encaminhado à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o movimento lista territórios espalhados pelas Regiões Sul e Sudeste do país.

No pedido, que é datado de fevereiro e ao qual Oeste teve acesso, o grupo afirma que o presidente da República, Luiz Inácio da Silva, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, devem seguir, de imediato, com processos de validação de 12 TIs.

No total, quatro ficam em Santa Catarina: Morro dos Cavalos, Piraí, Pindoty e Tarumã. Ainda no Sul, uma TI que, segundo o CGY, tem de ser criada pelo governo petista é Sambaqui, no litoral do Paraná, segundo maior Estado brasileiro no ranking de Valor Bruto de Produção (VBP) agropecuária.

As outras sete TIs mencionadas pelo grupo ficam no Estado de São Paulo, mais precisamente na região do Vale do Ribeira. Essas são denominadas Pindoty-Araça-Mirim, Guaviraty, Tapyi-Rio Branquinho, Amba Porã, Djaikoaty, Ka’aguy Mirim e Peguaoty.

O CGY critica, no documento, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o movimento, o governo federal anterior foi responsável por deixar “totalmente paralisado” o processo de demarcações de terras no país. “Sem falar de outras que nunca tiveram nem sequer o processo iniciado”, reclama o grupo, que diz representar o povo guarani espalhado pelo Sul e pelo Sudeste do Brasil.

Grupo quer mais terras indígenas no Sul e no Sudeste

O CGY, contudo, não se limita a solicitar a criação das 12 terras indígenas que já foram avaliadas pela Funai. Além disso, o grupo apresenta mais uma lista. Ao todo, há o pedido para o início ou a retomada de estudos para viabilização de outras 54 TIs também espalhadas pelo Sul e pelo Sudeste.

No material encaminhado à Funai, o CGY não lista impactos na produção agropecuária. Contudo, sabe-se que a maior parte dos municípios afetados pelas eventuais futuras TIs fica em três Estados, que configuram entre os dez maiores VBPs do Brasil: Paraná, São Paulo e Santa Catarina.  As informações são da Revista Oeste.

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