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‘É importante agir rápido’, diz Campos Neto sobre inflação

‘É o imposto mais maligno que nós temos’, afirmou o presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira, 14, que a inflação é “o imposto mais maligno” e que é necessário agir com rapidez para evitar que seus efeitos causem danos irreversíveis à economia brasileira.

As declarações de Campos Neto foram dadas durante sua participação em um evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“O imposto mais maligno que nós temos é a inflação”, afirmou o presidente do BC. “Nós já tivemos essa experiência no passado. É muito importante agir de forma rápida, consistente, com linguagem transparente, para que se consiga abortar esse processo”, completou.

O centro da meta de inflação para este ano é de 3,75%, e, pelo sistema vigente no país, ela seria considerada cumprida se ficasse entre 2,25% e 5,25%. Em 2022, a meta é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Na segunda-feira 13, o Boletim Focus, divulgado pelo BC, revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve terminar 2021 em 10,05%.

Esta foi a primeira redução feita pelos analistas do mercado consultados pelo BC depois de 35 semanas consecutivas de alta. Na semana passada, a estimativa para a inflação era de 10,18%.

Juros

Em reunião no dia 8 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic de 7,75% para 9,25% ao ano — trata-se de um movimento cujo objetivo é justamente conter a inflação.

No evento de hoje do TCU, Campos Neto disse que houve uma “sensação de desarranjo” e “questionamento em relação às regras fiscais brasileiras”.

“A grande fragilidade fiscal do movimento não está relacionada aos movimentos de curto prazo de melhora, mas está relacionado com a capacidade de o Brasil crescer”, afirmou. “Em simulações de curva, quando eu coloco crescimento mais baixo e juros maiores, a trajetória da dívida explode.”

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