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Maduro vai à China pedir ajuda para entrar nos Brics e encontra Dilma Rousseff

O ditador da Venezuela está em viagem oficial de seis dias pelo país asiático, onde disparou contra ‘velhos colonialismo e imperialismo’

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, começou na última sexta-feira (8) uma visita oficial de seis dias de duração à , para onde viajou pessoalmente a fim de pedir o apoio de Pequim para entrar no grupo das economias emergentes que formam os Brics.

O ditador venezuelano citou o “destino comum” que seu país tem com a China, a “parceria verdadeira”, e ainda se encontrou com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics, a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, em Xangai. A convite do presidente chinês, Xi Jinping, Maduro ficará no país entre 8 e 14 de setembro.

O bloco comercial Brics, integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aprovou em sua cúpula, em agosto passado, a entrada de seis novos membros. São eles: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

Em entrevista à agência estatal chinesa Xinhua, publicada no sábado (9), Maduro explicou que uma das linhas de trabalho da viagem é “o ingresso da Venezuela no grupo, com o apoio da China e apoio de todos os países”. O ditador venezuelano acredita que a China vai ajudar seu país a “conseguir o pedido da Venezuela para, como país com a maior reserva de petróleo do mundo, […] ingressar nos Brics”.

“Poderíamos ter um grupo dos Brics ampliado como grande motor de aceleração do processo de nascimento de um mundo novo, de um mundo de cooperação em que o Sul do planeta tenha voz primordial”, sustentou o ditador em entrevista à imprensa estatal chinesa.

Maduro sustentou ainda que o grupo teria papel fundamental na diminuição do domínio do dólar americano na economia mundial, o que também é defendido pelo Brasil e pela Argentina. “O mundo do futuro será um mundo de uma gama de moedas, não será o mundo de só uma moeda. Os Brics aceleram a não dolarização do planeta, com o surgimento de um novo sistema financeiro internacional, de uma ordem econômica justa”, disse.

Para Maduro, a China e a Venezuela têm pontos em comum e partilham de um “destino comum”, com ambos comprometidos com a paz, o desenvolvimento e a cooperação. “Entre China e Venezuela, há uma relação exemplar”, disse Maduro à agência Xinhua.

Ao lado de Dilma, Maduro demonstrou apreço aos Brics e destacou a coragem e a firmeza do governo chinês em apoiar seu país diante das “ilegais e criminosas” punições dos Estados Unidos.

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