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Jair Bolsonaro defende reforma trabalhista que PT quer revogar

Presidente disse que a medida “não tirou direito de nenhum trabalhador”

Em entrevista nesta segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a reforma trabalhista feita pelo governo Michel Temer (MBD). As declarações do chefe do Executivo ocorrem após o Partido dos Trabalhadores (PT) sinalizar que revogará a medida e também o teto de gastos caso o ex-presidente Lula (PT) saia vitorioso nas eleições deste ano.

– O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tirou direito de nenhum trabalhador. Mente quem fala que a reforma trabalhista do Temer retirou direito de trabalhador, até porque os direitos estão lá no art. 7º da nossa Constituição, não podem ser alterados porque estão nas cláusulas pétreas. Essa reforma foi uma flexibilização, deu um impulso no governo Temer. Tanto é que tivemos já um saldo positivo no governo Temer – declarou o chefe do Executivo, em entrevista à Rádio Viva FM.

A reforma foi aprovada em novembro de 2017 e buscou flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para promover mais segurança e atratividade para as empresas contratarem.

Recentemente, o ex-presidente Lula elogiou a revogação de mudanças similares ocorridas na Espanha, e a presidente nacional do PT defendeu que o Brasil siga o mesmo caminho. Para ela, as medidas “não criaram empregos, só precarizam os direitos” trabalhistas.

Durante a entrevista, o presidente Bolsonaro avaliou ainda que o seu primeiro ano de governo teve um “bom saldo” na geração de empregos, mas o avanço foi prejudicado pela pandemia.

– Nós chegamos em 2019 e também tivemos um bom saldo no final do ano. Lamentavelmente, em 2020, veio a pandemia, fecha tudo, aquele terror. E nós terminamos o ano, 0 a 0. Agora, terminamos 0 a 0 porque em 2019 fizemos muita coisa, como por exemplo, a Lei da Liberdade Econômica. Durante a pandemia, nós criamos programas que ajudaram na negociação de patrões com empregados contra a demissão, onde o governo pagava uma parte dos salários dos trabalhadores – lembrou.

Ele afirmou ainda esperar que inflação baixe em 2022 graças a medidas de “desburocratização” e novos programas promovidas em sua gestão.

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