Dono do Twitter/X acredita que as restrições se encaixariam nos moldes das impostas pelo governo norte-americano à Venezuela
Elon Musk, proprietário do Twitter/X, expressou a possibilidade de os Estados Unidos imporem sanções políticas e econômicas ao Brasil no futuro. Ele atribuiu tal potencial ação às práticas que ele publicamente rotulou como uma “ditadura” em execução pelo ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Conforme noticiado pelo portal Metrópoles, Musk acredita que as restrições seriam semelhantes às aplicadas pelos EUA à Venezuela no decorrer deste ano. As medidas punitivas contra o regime comunista foram reintroduzidas após a Suprema Corte venezuelana barrar a candidatura de María Corina Machado, principal adversária do ditador Nicolás Maduro.
Elon Musk versus Alexandre de Moraes: dos embates no Twitter/X à divulgação dos documentos sobre a censura no Brasil
No dia 7 de abril, Elon Musk fez uma declaração informando que iria expor todas as ações de Moraes para eliminar contas de usuários do Twitter/X sem fornecer qualquer justificativa. Isso marcou o início da luta do empresário contra o juiz. Finalmente, na noite de quarta-feira, 17, o Comitê da Câmara dos EUA liberou as informações prometidas por Musk.
A Câmara norte-americana acusa Alexandre de Moraes de usar a rede social para “censurar” parlamentares, jornalistas e influenciadores de direita do Brasil.
O relatório, ainda parcial, reúne documentos enviados pela X Corp, que gerencia a plataforma Twitter/X, a um subcomitê do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA.
Na última semana, o subcomitê solicitou à X Corp “documentos e registros relativos aos esforços recentes do TSE e do STF do Brasil para obrigar o Twitter/X a censurar contas de mídia social no país”.
“Os documentos e registros entregues revelam que, desde 2022, o STF do Brasil, no qual Moraes atua como juiz”, afirma trecho do relatório. “O TSE do Brasil, liderado por Moraes, ordenaram que a X Corp suspendesse ou removesse quase 150 contas na popular plataforma de mídia social.” As informações são da Revista Oeste.