PGR disse que seria “uma grande honra”
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, disse que “tem tido conversas” sobre a possibilidade de ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-advogado-geral da União, André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a cadeira, já espera pela sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) há mais de 3 meses.
– Eu admito que a conversa sempre ocorra, inclusive nos encontros fortuitos ou não, nos jantares ou encontros em um corredor, em uma seção. Todavia, eu não me candidatei a ministro do Supremo. Estou em um cargo de procurador da República […] se, em algum momento da minha vida, eu for distinguido pelo presidente da República com a indicação, será uma grande honra – disse Aras à Band News, acrescentando que não recebeu o convite de Bolsonaro.
Aras também ponderou que o posto que ocupa atualmente é “extremamente conflituoso” com o de ministro e disse que “quem quer ser ministro do Supremo não pode ser PGR, e vice-versa”. Mas a nomeação do procurador é defendida por parlamentares críticos à indicação de Mendonça.
O PGR comentou ainda a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público, responsável pela fiscalização de promotores e procuradores. Ele considerou a proposta “inaceitável” e afirmou que assumiu um compromisso com as entidades e que irá recorrer ao Judiciário caso a proposta seja aprovada pelo Congresso.
Se aprovada, a Emenda permitirá que o Congresso indique o corregedor do Conselho e anule trabalhos de procuradores.