Presidente do Equador adverte juízes e promotores em conflito contra o tráfico de drogas e revela planos de deportação
No início do conflito contra 22 grupos de tráfico de drogas no Equador, o chefe de estado, Daniel Noboa, fez um aviso severo: “Vamos considerar juízes e promotores que apoiarem os líderes identificados desses grupos terroristas também como parte do grupo terrorista”. Em entrevista à Rádio Canela, ele admitiu que o país vive um “momento muito duro” . Durante uma entrevista à Rádio Canela, Noboa reconheceu que o país está passando por um “período extremamente difícil”, prometeu “defender os cidadãos” e revelou planos para deportar 1.500 prisioneiros estrangeiros, incluindo peruanos, colombianos e venezuelanos. Um decreto de Conflito Armado Interno, assinado anteriormente, permite às Forças Armadas a permissão para “neutralizar” o tráfico de drogas.
De terça-feira (9/1) a quarta-feira (10), os soldados eliminaram cinco “terroristas” e realizaram 329 detenções. Enquanto isso, criminosos ainda estão espalhando medo, resultando na morte de 14 pessoas por meio de ataques armados. Em cinco prisões, 130 funcionários e guardas prisionais estão sendo mantidos como reféns.
A onda de violência em Guayaquil, onde três indivíduos foram achados queimados dentro de um veículo na manhã de quarta-feira e um estúdio de televisão foi atacado por indivíduos mascarados na noite anterior, assim como em outras cidades, fez com que a Colômbia reforçasse a segurança na fronteira com o Equador. As medidas de controle foram ampliadas no departamento de Nariño. Além disso, o Peru enviou mais de 500 militares, helicópteros e drones para fortalecer a sua fronteira de 1,4 mil quilômetros com o país, e ainda declarou estado de emergência na região.
Intervenção direta
Wagner Bravo, que ocupou o cargo de Secretário de Segurança Pública do Equador em 2023 sob a administração de Guillermo Lasso, expressou sua concordância com a necessidade de fortalecer as instituições. Ele apontou a administração de Rafael Correa como responsável por desestruturar o Estado. Segundo Bravo, O crime organizado se enraizou em todas as esferas da sociedade, como a política, a militar, a judicial e o Ministério Público.”
“A contrapartida de Noboa foi identificar políticos, policiais, promotores e juízes envolvidos com facções e colocá-los à vista do público. Se ficar provado que têm nexo com o crime organizado, eles têm que ir para a cadeia”, ressaltou Bravo.
“A situação chegou a esse ponto por vários motivos: a permissividade com que as autoridades trataram esses grupos e cartéis durante o governo de Rafael Correa; a expulsão da base norte-americana de Manta e a ruptura na ajuda que os EUA concediam no combate ao narcotráfico; a inoperância dos governos posteriores para enfrentar o problema; a crise econômica e a falta de emprego, que empurram jovens aos grupos delinquentes; e a tolerância com a corrupção, que permitiu que o narcotráfico penetre na institucionalidade do país, entre outras causas.” – Arturo Moscoso, diretor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidad Internacional de Ecuador (UIE). As informações são do Correio Braziliense.
Parece que esse “projeto” já se encontra em andamento em terras tupiniquins. Guardadas, é claro, as devidas proporções territoriais e geopolíticas, já se torna notória, e não é novidade, a aproximação de setores do atual governo com elementos do narcotráfico. Igualmente se observa a ocorrência de algumas decisões favoráveis a pessoas desse grupo criminoso. Seria oportuno tentar cortar logo o mal pela raiz aqui no Brasil. A repressão a esses meliantes, incluindo os invasores de propriedade, bem como os servidores corruptos ficaram para trás a partir do fim do mandato do presidente anterior, Sr. Jair Bolsonaro. O perigo de ter de enfrentar tal desdita nos ronda diuturnamente. O “processo” pode parecer lento, porém a inércia poderá vir a torná-lo inexorável. O problema do Equador demonstra que a luta será sangrenta. Eles não vão querer deixar barato a perda da parcela de poder que vierem a conquistar.
Se a moda pega aqui como lá, 90% dos políticos seriam presos.