Perto da eleição, MST fala de fim da ‘trégua’ e retoma ocupações

Número de ocupações já vinha caindo desde o início do governo Bolsonaro
Bandeira Do MST Foto,Marcello Casal Jr,Agencia Brasil Bandeira Do MST Foto,Marcello Casal Jr,Agencia Brasil
Bandeira Do MST Foto,Marcello Casal Jr,Agencia Brasil

Número de ocupações já vinha caindo desde o início do governo Bolsonaro

Às 4h30 do último dia 23, a agricultora Levânia Silva Cardoso, de 38 anos, se despediu do marido e do casal de filhos pequenos, pegou um facão, vestiu seu boné vermelho e foi se juntar ao grupo de 46 pessoas que, uma hora depois, cortaria com um golpe de machado o cadeado da porteira para ocupar a fazenda Santa Cruz do Kurata, em Mirante do Paranapanema, no Pontal que leva o mesmo nome, no extremo oeste do Estado de São Paulo.

– Essa é a minha 10ª ocupação e, como sempre, o objetivo é ter o nosso pedaço de terra – disse, na quinta-feira (28), ao Estadão.

Foi também a 11ª invasão sofrida pela fazenda de uma família descendente de imigrantes japoneses – dez delas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação marcou a retomada das ocupações de terras no Brasil “depois de um longo período de quarentena produtiva contra a fome e trabalho de base frente à pandemia”, como divulgou o MST.

No entanto, desde o início do governo Bolsonaro, que na campanha havia pregado “receber os invasores de terras a bala”, o número de ocupações já vinha caindo.



Comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *