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Moro diz que sofreu ‘sabotagem’ no Ministério da Justiça

Ex-ministro se tornou adversário do presidente Bolsonaro

Pré-candidato do Podemos à Presidência, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que deixou o governo Bolsonaro para não ser “cúmplice de coisa errada” e que passou a sofrer “sabotagem”. A declaração foi dada nesta quarta-feira (29), em entrevista à rádio Capital FM, de Mato Grosso.

– Logo após que eu havia entrado, eu não tive mais o apoio do presidente da República, e, a partir de determinado momento, eu passei a sofrer até sabotagem. Quando chegou o momento que era me dada a escolha ‘ou você fica como cúmplice de coisa errada ou você sai’, eu preferi sair – afirmou o ex-juiz.

Moro deixou o governo Bolsonaro em abril do ano passado e acusou o presidente de interferir na Polícia Federal para ter acesso a informações sigilosas.

– O próprio presidente reclamou esses dias dizendo que eu não protegia a família dele da Polícia Federal, da Receita Federal, o que é um absurdo. Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada – disse.

Bolsonaro nega que tenha interferido na Polícia Federal. Em depoimento, o presidente afirmou que “jamais teve qualquer intenção” de interferir na PF quando “pediu” a Moro as mudanças na diretoria-geral e nas superintendências da corporação.

Ao criticar o atual governo na entrevista, o ex-ministro afirmou que houve um “desmantelamento do combate à corrupção” no Brasil, e usou essa fala como gancho para criticar também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2022.

– O ex-presidente Lula está aí solto porque houve enfraquecimento do combate à corrupção, e essa responsabilidade é do atual presidente Bolsonaro – disse.

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