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Moraes: ‘Vou me autoprocessar por bullying’

Gilmar Mendes diz que colega vai se ‘colocar no inquérito’

Na última quarta-feira, 17, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que irá se “autoprocessar” por bullying.

A afirmação, feita de maneira jocosa, aconteceu durante a votação acerca do uso de “trajes religiosos que cobrem a cabeça” em fotos oficiais para documentos.

Durante o debate com o ministro Luís Roberto Barroso, Moraes discutia a distinção entre o “véu” e a “burca”. Barroso expressou sua opinião de que o “véu” permite que se veja um pouco de cabelo.

Por outro lado, Moraes o corrigiu. Ele afirmou que “são vários tipos de véus”, mas admitiu que não tem muita compreensão sobre o tema. “Não sou especialista nem em cabelo, nem em véu”, disse Moraes. “Mas a burca não é um véu.”

Após ter feito seus colegas rirem, Moraes afirmou: “Vou me autoprocessar por bullying”. Posteriormente, o Ministro Gilmar Mendes respondeu: Você precisa “colocar no inquérito”.

Deixando o bullying de lado, Moraes e sua equipe determinaram que a Constituição garante o direito de usar “trajes religiosos” em “documentos oficiais”.

Após um debate sobre a ausência de cabelo no STF, os juízes determinaram que a Constituição Federal garante o uso de vestimentas e adereços religiosos nas imagens de documentos oficiais. A restrição estabelecida pelos ministros é que o vestuário não deve interferir na identificação do indivíduo.

A ação civil pública que originou o caso julgado pelo STF foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). A controvérsia girou em torno de uma freira que foi proibida de usar o “véu religioso” na foto da Carteira Nacional de Habilitação.

Na primeira instância, a decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Posteriormente, o MPF apresentou recurso ao STF. As informações são da Revista Oeste.

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2 Comentários

  1. É um deboche acintoso, para com a religiosidade e costume de outros paises. De quebra mostram a seriedade com que tratam aplicação de punições, mostrando talvez, no fundo um “nervosismo” trazido pelos ventos no Norte.

  2. Parece que estes ministros do STF e o MP não deve ter nada mais importante para julgar. Enquanto isto tem processos aguardando julgamento a muitos anos… Bom, pensando bem, isto é menos danoso que as decisões de perdoar as multas dos condenados por corrupção.

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