Milei aumenta salário mínimo da Argentina em 30%

Governo argentino anuncia aumento de 30% no salário mínimo entre fevereiro e março
Milei Milei
Foto: Divulgação/Lanoticiaweb

Governo argentino anuncia aumento de 30% no salário mínimo entre fevereiro e março

O governo argentino fixou um aumento do salário mínimo de 30% no total entre fevereiro e março, informou o porta-voz da Presidência nesta terça-feira (20).

Manuel Adorni, o porta-voz, declarou que “não foi possível que as partes chegassem a um acordo na discussão sobre o salário mínimo”. Ele estava se referindo ao insucesso do Conselho do Salário Mínimo na última quinta-feira, um grupo formado pelo governo, câmaras empresariais e sindicatos, que reivindicavam um incremento salarial de 85%.

Adorni destacou, nesse cenário, que “o governo deve arbitrar entre as partes e fixar um salário mínimo”, uma medida que inicialmente foi rejeitada pelo presidente Javier Milei.

O valor foi fixado em 180.000 pesos para fevereiro (equivalente a US$ 204 na cotação oficial, ou R$ 1.007), o que indica um acréscimo de 15% se comparado aos atuais 156.000 pesos. Para março, o valor sobe para 202.800 pesos (US$ 230, ou R$ 1.136), o que representa uma elevação de 30% em relação ao valor atual.

O valor do salário mínimo argentino é menor quando comparado ao brasileiro, que está estabelecido em R$ 1.412 em 2024.

De acordo com um estudo divulgado no último fim de semana pelo Observatório da Dívida Social da Universidade Católica , 57% da população do país é afetada pela pobreza.

Na segunda-feira à noite, em uma entrevista televisiva, Luis Caputo, o ministro da Economia, havia previamente informado que o governo iria estabelecer um aumento do salário mínimo.

Na quinta-feira, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a principal central sindical da Argentina com orientação opositora, fez acusações ao governo de Javier Milei. Eles alegaram que o governo fez o Conselho do Salário fracassar, “rompendo uma longa tradição de diálogo social tripartite”.

Milei havia expressamente declarado na sexta-feira, após o fracasso da reunião sobre a determinação de um salário mínimo: “Não acredito que um político possa definir um preço à mão. Nem passa pela minha cabeça. Eu vou emitir um decreto fixando um preço?”.

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