ICMS: Arthur Lira volta a pedir sensibilidade a governadores

“Não é justo que o consumidor não possa ser priorizado nesse momento”, argumentou o presidente da Câmara
Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Luis Macedo,Câmara Dos Deputados Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Luis Macedo,Câmara Dos Deputados
Presidente Da Câmara, Arthur Lira Foto,Luis Macedo,Câmara Dos Deputados

“Não é justo que o consumidor não possa ser priorizado nesse momento”, argumentou o presidente da Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a pedir sensibilidade aos governadores em relação ao projeto que muda a incidência de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto.

Segundo Lira, diante da forte crise econômica nacional, mesmo que não seja possível controlar o preço do Petróleo e do dólar, a Casa não pode ficar na “inércia” em relação ao tema. Ele reforçou que a Câmara sempre foi “solícita” com os gestores estaduais.

– Mas não é justo que o consumidor não possa ser priorizado nesse momento em detrimento de uma manutenção de arrecadação crescente geometricamente para os governos dos estados nas comunicações, contas de energia e combustível – declarou Lira na manhã desta sexta-feira (15), em entrevista à Globo News.

De acordo com o parlamentar, estados poderiam abrir mão de arrecadar mais com o ICMS já que vivem uma situação fiscal “muito boa, como jamais vista”.

O presidente da Câmara rebateu a crítica de que o projeto representará uma economia muito baixa para o consumidor.

– Eu não sei quais senadores falaram isso. Eu acho que talvez esse senador não sinta no bolso a dificuldade de um caminhoneiro, de um [motorista de] Uber, de um taxista. Nós não podemos ficar na letargia, na inércia de não fazermos nada, já que não podemos controlar o dólar – disse Lira.

Com a aprovação do projeto na Câmara, os estados passaram a desenhar estratégias para barrar a mudança na cobrança do ICMS no Senado e também alterar a reforma do Imposto de Renda.

Os governos estaduais estimam perdas de arrecadação que passam de R$ 30 bilhões por ano com as duas propostas aprovadas recentemente na Câmara. Os governadores querem formar uma frente para tentar rejeitar ou engavetar a proposta no Senado, Casa mais próxima aos executivos estaduais. Além disso, passaram a estudar uma medida judicial para derrubar a mudança na legislação, alegando que uma lei complementar federal não pode interferir na cobrança de um tributo estadual.

Apesar da perda estimada de arrecadação, Lira afirmou que “não é correto” os gestores estaduais afirmarem que o projeto vai tirar a arrecadação.

– Os estados têm um percentual fixo, e nós não mexemos no percentual do ICMS dos estados – destacou.

Aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto agora será apreciado pelo Senado. Lira afirmou que espera que os senadores tenham a “sensibilidade” de ouvir as demandas e críticas de governadores, “mas não deixem de votar esse projeto”.

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