O porte da droga está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF)
O professor Jorge Hallak, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), alertou André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as consequências do uso de maconha. O documento, datado de 15 de novembro de 2023, foi acessado por Oeste nesta semana.
Segundo o professor, o primeiro sinal de alerta é o crescimento do consumo de drogas. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2009, o número de usuários de drogas ao redor do globo era de 210 milhões, equivalendo a 4,8% da população mundial entre 15 a 64 anos. No entanto, em 2018, este número cresceu para 269 milhões, ou seja, 5,3% da população.
“Drogas lícitas ou ilícitas, particularmente as últimas, estão intimamente atreladas com aumento expressivo da violência, morte, tráfico de armas e pessoas, contrabando, escravidão involuntária, prostiuição, encarceramento, sexo sem proteção, gravidez precoce e aumento de infecções sexualmente transmissíveis”, diz um trecho do ofício.
O documento encaminhado para André Mendonça destaca também que a maconha pode afetar a saúde humana, especificamente “em particular, o cérebro, a fertilidade masculina e aspectos da saúde sexual, como a libido”.
Dependência de Maconha: Estudo Revela que 9% dos Usuários Desenvolvem Vício
Segundo o autor do relatório, estima-se que 9% dos indivíduos que experimentam essa droga acabam desenvolvendo dependência.
Além disso, o uso de maconha pode potencializar o risco de “transtornos psiquiátricos graves, como esquizofrenia, bipolaridade, depressão, ansiedade e transtornos de personalidade”.
O estudo realizado na Nova Zelândia, liderado por pesquisadores da Duke University, foi destacado no ofício, apresentando seus dados.
O estudo indica que “pessoas que começaram a fumar maconha na adolescência perderam oito pontos no seu Quociente de Inteligência (QI), entre as idades de 13 e 38 anos”.
Adicionalmente, o docente da USP afirma que o consumo habitual dessa droga resulta em “fracasso ou abandono escolar, desemprego e crime”.
O relatório ainda apresenta uma investigação realizada na Suécia acerca da maconha. O estudo determinou que a maconha “está associada com a maior incidência de câncer de testículo no homem”.
O professor Hallak destaca que, no curto prazo, o uso de maconha pode provocar certos efeitos no cérebro, tais como:
- Sentido alterado de tempo;
- Mudanças de humor;
- Movimento corporal prejudicado;
- Dificuldade em pensar e resolver problemas;
- Memória prejudicada;
- Alucinações;
- Delírios; e
- Psicose.
“Existem moderadas evidências da associação entre o uso de maconha e sintomas de mania e hipomania em indivíduos diagnosticados com Transtorno Afetivo Bipolar, incidência aumentada de ideação suicída e alta incidência de tentativas de suicídio entre consumidores pesados”, diz um trecho do ofício enviado a André Mendonça.
O relatório também indica que a maconha pode causar “amnésia, delírios, alucinações, ansiedade e agitação”. As informações são da Revista Oeste.
Somente não consegue entender os prejuízos causados pelas drogas aos seres humanos aqueles que já são usuários ou aqueles que, de alguma forma, obtém benesses com sua liberação … Ê um total desrespeito à dignidade da pessoa humana, às famílias e à Nação.
Como pode alguém que ama seu povo, sua pátria e sua família, querer isso para as pessoas.