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Vídeo mostra Israel destruindo o “Palácio da Justiça” do Hamas

Exército israelense demole Palácio da Justiça utilizado pelo Hamas na Faixa de Gaza.

O exército israelense demoliu o luxuoso Palácio da Justiça utilizado pelo Hamas, segundo imagens sem data divulgadas nas redes sociais, semanas depois de assumir o controle do edifício no norte da Faixa de Gaza. O vídeo da explosão controlada mostra como o prédio, com fachada de mármore, é reduzido a escombros. Semanas atrás, já haviam sido divulgadas imagens de soldados israelenses da brigada Nahal sentados em frente ao luxuoso palácio após capturarem o local como parte do destacamento militar em resposta ao massacre de 7 de outubro.

Quando o complexo de três edifícios de sete andares revestidos de calcário foi inaugurado, o chefe do Conselho Judicial Supremo de Gaza, Abdul Raouf Al-Halabi, disse que se tratava de um “presente generoso” do Qatar, que financiou a obra em 11 milhões de dólares. Na época, muitos habitantes de Gaza criticaram duramente o projeto, dizendo que o dinheiro poderia ter sido usado para ajudar pessoas com necessidades mais prementes. “Gazans teriam sentido mais justiça se o orçamento do edifício tivesse sido dado a operários e graduados universitários para iniciarem pequenos negócios”, disse Hani al-Jazzar, professor de história islâmica da Universidade Al Aqsa, ao The National.

Dias depois do fim da trégua entre Israel e o Hamas, o exército israelense expandiu sua ofensiva em direção ao sul, onde centenas de milhares de civis estão deslocados. “O exército opera em todos os lugares onde o Hamas tem redutos”, declarou o porta-voz, Daniel Hagari, no domingo à noite. Dezenas de tanques israelenses, veículos de transporte de tropas e escavadeiras entraram no sul do pequeno território, perto da cidade de Khan Younis, disseram várias testemunhas à AFP nesta segunda-feira. Amin Abu Hola, 59 anos, explicou que esses veículos militares já tinham penetrado cerca de dois quilômetros até a aldeia de Al Qarara, a nordeste de Khan Younis. “Os tanques já estão na rodovia Saladino”, que atravessa a Faixa de norte a sul, acrescentou Moaz Mohammed, 34 anos, por sua vez.

Um atentado bombista à entrada do hospital Kamal Adwan, localizado no norte de Gaza, deixou vários mortos nas primeiras horas da manhã, segundo a agência palestina Wafa. O governo do Hamas acusou o exército israelense de uma “grave violação” do direito internacional. O exército não confirmou esta informação. O Ministério da Saúde de Gaza, nas mãos do Hamas, reportou até agora mais de 15.500 mortes no enclave, na sua maioria civis, e o impacto dos incessantes bombardeamentos israelitas e da intervenção terrestre gera uma crescente preocupação internacional. Desde que uma trégua de sete dias ruiu na semana passada, permitindo a libertação de dezenas de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos, Israel expandiu a sua ofensiva em Gaza.

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