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Lula culpa partidos por ter demitido 3 mulheres de seu governo

Apesar da promessa de campanha, hoje 73% dos ministros são homens

Após a demissão de três mulheres de seu governo, o presidente Luiz Inácio da Silva atribuiu a responsabilidade pela redução da representação feminina em cargos de alto escalão da administração federal aos partidos políticos, sem assumir sua própria responsabilidade.

“Eu, às vezes, lamento profundamente não poder indicar mais mulheres do que homens no governo. Acontece que quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar”, disse o petista na sexta-feira 27 durante café com jornalistas, no Palácio do Planalto.

Dois dias após a saída de Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica, onde foi substituída por Carlos Vieira Fernandes, indicado por Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão na Câmara dos Deputados, foi feita uma declaração a respeito do assunto.

Apesar de ter sido eleito com a promessa de promover a igualdade de gênero, Lula tomou a decisão de demitir duas mulheres que ocupavam cargos de alto escalão em seu governo. Tanto Daniela Carneiro, que era ministra do Turismo, quanto Ana Moser, que ocupava o cargo de ministra do Esporte, foram substituídas por homens.

Tanto em relação a Rita quanto a outros casos, o compromisso com o centrão teve mais peso do que as promessas feitas durante a campanha.

No dia 13 de julho, o deputado federal Celso Sabino substituiu Daniela Carneiro, também conhecida como Daniela do Waguinho. Ana Moser, que teve uma participação importante na campanha de Lula, foi dispensada para dar lugar a André Fufuca, líder do Progressistas na Câmara dos Deputados.

Depois de “lamentar” as demissões, Lula acrescentou: “Mas isso não quer dizer que eu não possa no governo tirar homens e colocar mulheres. Eu ainda posso trocar muita gente, só estou com 10 meses de mandato.”

Dos 37 ministérios, 27 — o que corresponde a 73% — são ocupados por homens. Das 11 pastas cedidas ao PT, apenas uma é ocupada por mulher — Cida Gonçalves, ministra da Mulher. E dos oito ministérios que estão com titulares não filiados a partidos, quatro estão com mulheres. As informações são da Revista Oeste.

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