Promotor que investigava invasão de rede de televisão no Equador é assassinado
César Suárez, o promotor encarregado do inquérito sobre o canal de televisão que sofreu invasão no Equador em 9 de janeiro, foi morto.
De acordo com as informações da CNN, ele também estava conduzindo investigações sobre tráfico de drogas e corrupção em hospitais. Conforme relatado pela Reuters, que citou o governo do Equador, Suárez foi assassinado a tiros.
Diana Salazar, procuradora-geral do Equador, expressou suas condolências à família através das redes sociais e afirmou que a luta contra o crime organizado seguirá em frente.
“É impossível não ficar arrasado com a morte de um colega na luta contra o crime organizado. Seguiremos firmes em seu nome: por ele, pelo país, pela justiça.
Agradeço pelo seu esforço, César. Que você repouse em paz. Meus sentimentos à sua família e amigos”, ressaltou.
“Vou ser enfática: os grupos de crime organizado, os criminosos, os terroristas não vão impedir o nosso compromisso com a nossa sociedade equatoriana”, advertiu Salazar.
Invasão da TV no Equador
Em 9 de janeiro, delinquentes mascarados e armados tomaram de assalto o estúdio da emissora de TV TC em Guayaquil, mantendo os empregados como reféns.
As imagens dos colaboradores no local do estúdio de onde o jornal era transmitido foram veiculadas em tempo real e tiveram impacto global.
A CNN teve um diálogo com repórteres do canal, que descreveram experiências de pavor, estresse e terror enquanto eram ameaçados com armas. Um deles até teve um explosivo inserido em seu bolso.
Os 13 criminosos foram capturados e julgados pela polícia por terrorismo. Dois dos 11 implicados, conforme relatado pela Procuradoria-Geral do Equador, são menores de idade.
Crise no Equador
A escalada de violência no Equador agravou-se depois que o chefe da organização criminosa Los Choneros escapou de um presídio em Guayaquil, em 7 de janeiro. No dia seguinte, o estado de emergência foi declarado no país pelo presidente Daniel Noboa.
No período da tarde de 9 de janeiro, um conjunto de indivíduos mascarados e armados irrumpiu nas instalações do canal de TV TC Televisión, localizado em Guayaquil.
O crime foi capturado pela transmissão ao vivo, que mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos. Em operação para libertar os funcionários, a polícia prendeu 13 pessoas e apreendeu armas e explosivos.
Na terça-feira à noite, o presidente Daniel Noboa proclamou a presença de um “conflito armado interno” no país e ordenou que as forças de segurança realizem operações para neutralizar os criminosos.
No texto do decreto, o governo também qualifica como “terroristas e atores não estatais beligerantes” 22 grupos do crime organizado.
Além disso, diversos ataques e explosões foram registrados, e centenas de pessoas foram detidas.