Maduro ameaça usar Forças Armadas para impedir Exxon Mobil de perfurar poços de petróleo em território disputado
Neste domingo (12), o regime do ditador Nicolás Maduro na Venezuela advertiu que poderia mobilizar as Forças Armadas para barrar a Exxon Mobil de explorar dois poços de petróleo nas águas da Guiana Esequiba, uma região em conflito entre os dois países.
Após as declarações de Alistair Routledge, presidente da filial da Exxon na Guiana, sobre a inauguração de novos poços, veio a resposta da Venezuela. Caracas rotulou tais comentários como “escandalosos” e acusou a empresa de uma “campanha maliciosa” contra a Venezuela.
O regime de Maduro alega que a Exxon e a Guiana estão infringindo o Direito Internacional e causando instabilidade na região com suas atividades, negligenciando o “Acordo de Genebra de 1966”, que determina a via diplomática para a solução de disputas territoriais.
O venezuelano ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, intensificou a presença militar no território de Essequibo e proclamou: “A FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) faz uma presença não hostil no território de Essequibo para promover este propósito soberano. Nada nos impedirá!”.
O chanceler da Guiana, Hugh Todd, criticou as ações da Venezuela e ressaltou “inconsistências” entre a diplomacia venezuelana e sua conduta militar.
O conflito de quase 200 anos entre a Venezuela e a Guiana pelo Essequibo, uma região rica em “petróleo” e recursos naturais, voltou a ser destaque em 2018, após a descoberta de novas reservas de petróleo na área.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, argumentou a favor da resolução pacífica do conflito através do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).
Os Estados Unidos estão mostrando apoio à Guiana por meio da visita de Jonathan Finer, vice-chefe do Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, e Juan González, diretor para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado.