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Itaú Unibanco negocia venda de unidade argentina

Itaú Unibanco negocia venda de unidade na Argentina para Banco Macro.

O banco Itaú Unibanco, considerado o maior credor da América Latina, divulgou que está em negociação com o Banco Macro da para a venda da sua unidade no país vizinho. A instituição financeira de São Paulo, em um comunicado, informou que ainda não foi assinado nenhum documento vinculante.

As conversas estão ocorrendo em um momento delicado para a economia argentina, que enfrenta uma grave crise, com contração econômica e inflação anual acima de 100% nos últimos meses. Além disso, o país terá eleições presidenciais ainda este ano.

O Banco Macro, listado nas Bolsas de Buenos Aires e Nova York, possui uma ampla rede de agências que oferecem produtos e serviços financeiros em todo o território argentino, atendendo desde pessoas físicas até grandes empresas. De acordo com o comunicado divulgado pelo Itaú Unibanco, o banco brasileiro está negociando a aquisição da unidade argentina do Macro para expandir sua presença na região.

Embora seja uma grande instituição financeira na América Latina, o Itaú não está entre os maiores bancos da Argentina, ocupando a 18ª posição em ativos em janeiro, no valor de 411 bilhões de pesos (cerca de US$ 2,3 bilhões de acordo com a taxa de câmbio oficial), enquanto o Banco Macro ocupa a quinta posição, com ativos no valor de 2,1 trilhões de pesos, de acordo com dados do Banco Central argentino.

Com o anúncio da negociação, as ações do Banco Macro registraram uma alta positiva de até 8,8% em Nova York, atingindo um valor de cerca de US$ 20,90, o mais alto desde meados de abril. Enquanto isso, as ações do Itaú registraram uma alta de até 0,9% na Bolsa de São Paulo.

De acordo com o jornal econômico Valor, a presença do Itaú na Argentina é pouco representativa mesmo dentro das operações bancárias do grupo na América Latina. No final do primeiro trimestre deste ano, o banco tinha apenas R$ 9,6 bilhões em operações de crédito no país, o que é menor do que o portfólio de R$ 12,2 bilhões da subsidiária no Paraguai.

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