MundoNotícias

Escolas podem banir a Bíblia por considerarem seu conteúdo pornográfico para crianças

Pai de Utah fez o pedido após se irritar com lei que permite retirada de livros pornográfico das escolas

Um pai em Utah pediu ao conselho responsável pela retirada de livros pornográficos das bibliotecas escolares para banir a Bíblia das escolas, citando seu conteúdo sexual explícito. O condado de Davis irá analisar o pedido. Ele quer banir a Bíblia das escolas, afirmando ser “um dos livros mais cheios de sexo que existem”. A análise será feita pelo condado de Davis, segundo reportagem do The Salt Lake Tribune, jornal de Utah.

“Incesto, onanismo, bestialidade, prostituição, mutilação genital, felação, estupro e até infanticídio”, escreveu o pai em seu pedido, no qual anexou oito páginas da Bíblia, com trechos que ele considera impróprios. “Você, sem dúvida, descobrirá que a Bíblia, sob o código de Utah, não tem ‘valores sérios para menores’ porque é pornográfica pela nossa nova definição.”

Ao Tribune, o porta-voz do distrito escolar disse que o pedido do pai será analisado. “Não diferenciamos entre um pedido e outro”, garantiu. “Vemos isso como o trabalho que fazemos.” O prazo para análise é de 60 dias. Nesse caso, houve atraso, porque “mais pais estão questionando os livros”. O pedido foi feito em 11 de dezembro.

Em 2022, foi aprovada uma lei estadual que contou com o apoio importante da Utah Parents United, um grupo de pais conservadores que se concentrou em assuntos relacionados à comunidade LGBT+. De acordo com a lei, um livro é considerado inadequado se incluir conteúdo explícito sobre excitação sexual, masturbação, relação sexual, sodomia ou carícias. O grupo já questionou a inclusão de livros como Gender Queer, uma história em quadrinhos sobre a jornada de autoidentidade do autor.

De acordo com o pedido feito pelo pai, a Utah Parents United é considerado um grupo supremacista branco que promove o ódio. Além disso, o distrito escolar de Davis está sob investigação por racismo. Segundo o jornal Tribune, em 2021, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos constatou que o distrito ignorou intencionalmente por anos o assédio racial “sério e generalizado” em suas escolas.

A Utah Parents United afirmou ao jornal que o grupo “acredita em seguir a lei”. “Isso é tudo o que pedimos às escolas.”

‘Pedido é uma palhaçada’, diz deputado, coautor da lei

O deputado republicano Ken Ivory, um dos autores do projeto de lei para remover os livros pornográficos das bibliotecas escolares, chamou o pedido de retirada da Bíblia de “palhaçadas que esgotam os recursos escolares” e o considerou como um golpe político, não um pedido sério. E acrescentou: “É muito triste que as pessoas minimizem isso e zombem disso”.

“Havia um propósito para o projeto de lei e esse tipo de coisa, é muito lamentável”, disse ele. “Existem vários estudos que ligam diretamente a sexualização e a hipersexualização com exploração e abuso sexual. Certamente, essas são coisas que não queremos nas escolas.”

De acordo com o parlamentar, o propósito desde o início foi estabelecer restrições nos livros que fosse apropriada para crianças nas escolas. “Se um pai ainda quer que seu filho leia um determinado livro, ele pode comprá-lo na Amazon ou em uma livraria ou até mesmo dar uma olhada em sua biblioteca pública”, observou Ivory. As informações são da Revista Oeste.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo