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“Dia de luto para a estatística brasileira”, diz economista sobre Pochmann no IBGE

Coordenadora do programa econômico de Simone Tebet critica novo chefe do IBGE por falta de preparo em estatística

De acordo com Elena Landau, responsável pelo programa econômico de Simone Tebet, o antigo líder do Ipea não tem aptidão em estatística e não é qualificado para assumir o cargo.

A economista Elena Landau, que foi diretora do BNDES durante o governo FHC e coordenou o programa econômico da candidatura de Simone Tebet à Presidência em 2022, afirmou ao jornal Estadão que a nomeação de Marcio Pochmann como presidente do IBGE representa um “momento triste para a estatística brasileira”.

Atualmente como ministra do Planejamento, responsável pelo IBGE, Tebet teve que aceitar a escolha de Pochmann, um membro do PT que alguns membros da sua equipe consideram como um “terraplanista econômico”. Apesar das objeções de Tebet, insistiu na nomeação e confirmou-a em uma conversa com Paulo Pimenta.

“[Pochmann é] uma pessoa que não entende de estatística, não tem preparo para a presidência do IBGE e não tem nada a ver com a linha da equipe econômica do Ministério do Planejamento. É uma posição partidária pura e absoluta”, declarou Landau.

A especialista em economia alertou sobre a possibilidade de o novo líder do IBGE prejudicar as pesquisas no Brasil, citando o exemplo da Argentina, cujo órgão equivalente, o Indec, perdeu a confiança do público por causa da manipulação dos números da inflação durante os governos de Kirchner.

Landau afirmou ainda que o período de Pochmann à frente da presidência do Ipea, entre 2007 e 2011, foi “desastroso”. “Ele demitiu técnicos da maior qualidade, interferia nas pesquisas, por uma razão puramente ideológica. Quem garante que não vai fazer isso no IBGE?”

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