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Depois de Marighella, Wagner Moura vira Paulo Freire

Ex-ator da Globo volta a participar de um filme que homenageia ídolos da esquerda

Wagner Moura será o intérprete de Paulo Freire no filme Angicos, que trata do pedagogo ídolo da esquerda. A produção começa em novembro deste ano, com roteiro e direção de Felipe Hirsch e produção de Adriana Tavares, Paula Linhares, Marcos Tellechea e Guilherme Somlo.

Não será a primeira vez que Moura, apoiador do presidente Luiz Inácio da Silva, participará de filmes que valorizam ídolos da esquerda. Ele dirigiu Marighella, um longa-metragem que conta a história do terrorista Carlos Marighella. Este último participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), durante o regime militar (1964-1985).

Quem são os ídolos de Wagner Moura?

“Paulo Freire, segundo o evangelho da esquerda brasileira, é um educador essencial para a alfabetização e para os demais campos da atividade didática neste país”, escreveu J.R. Guzzo, em artigo publicado na Edição 79 da Revista Oeste. “De acordo com os nossos arquiduques culturais, ele criou um ‘método’ de educação — o ‘método Paulo Freire’, que, por aquilo que nos dizem, é o mais decisivo avanço da cultura humana desde a invenção da escrita. Quando se olha a coisa de perto, porém, não é nada disso. O método de Freire, na verdade, não é uma proposta de ensino — é um manifesto político do começo ao fim.”

E Marighella, quem é? O jornalista Silvio Navarro explica, em reportagem publicada na Edição 86. “Se ainda estivesse vivo, o verdadeiro Carlos Marighella provavelmente não se reconheceria na pele do cantor Seu Jorge, que o interpreta no cinema”, disse, ao analisar o filme homenageia um dos ídolos da esquerda. “A escolha do ator para encarnar o guerrilheiro é, no mínimo, curiosa. Na vida real, Marighella era filho de uma negra baiana com um imigrante italiano. No máximo, um moreno claro. Na ficção, foi representado pelo ator e cantor negro Seu Jorge. Wagner Moura ergueu ali também a bandeira racial e do ‘racismo estrutural’? Sim, claro. O passado do pai italiano anarquista não é mencionado, nem sequer para justificar o sobrenome do terrorista.” As informações são da Revista Oeste.

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