JustiçaNotíciasPolítica

Ex-diretor da Abin entrega celular à Polícia Federal para investigação

Polícia Federal coleta celular de ex-diretor da Abin para perícia de conversas com ex-ministro do GSI.

A Polícia Federal realizou a coleta do celular de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com o objetivo de realizar uma perícia nas conversas trocadas entre ele e Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Nesta terça-feira (1º), durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, Saulo Moura da Cunha afirmou que informou o então ministro-chefe do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias, sobre o risco de ataques às sedes dos Três Poderes. Cunha, que estava à frente da Abin quando os atos ocorreram, disse que os alertas foram enviados a GDias por meio de uma planilha, via aplicativo de mensagens.

A relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), questionou Cunha sobre quando GDias teria recebido os primeiros alertas sobre a possibilidade de ataques. Contradizendo o depoimento anterior do ex-ministro, Cunha afirmou que os primeiros informes foram enviados por volta de 8h da manhã de 8 de janeiro, através de um aplicativo privado de mensagens. Pouco antes dos ataques, por volta de 13h30, ele teria conversado com o general por telefone, expressando preocupação com a invasão das sedes dos Poderes e ação violenta contra os prédios.

Cunha ressaltou que GDias recebia informações de diversas fontes, além da Abin, e não pode afirmar o motivo das ações ou o porquê de ele ter agido ou não diante dos alertas recebidos. A CPMI continua apurando os fatos relacionados aos eventos ocorridos em 8 de janeiro.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo