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Bolsonaro sobre vídeo polêmico: “Demonizando minha pessoa”

Presidente comentou cenas de filme que retratam um suposto atentado contra ele

Após um vídeo de bastidores de uma produção cinematográfica que supostamente retrataria um atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) circular nas redes sociais durante o último final de semana, o chefe do Executivo comentou as imagens neste domingo (17). Ao falar sobre o tema, ele disse que a obra parece ser uma tentativa de demonizá-lo.

– Foi muito bem feito o vídeo, [com] a cara que tá ali exatamente parecida comigo. E lá no final também tá uma suástica no peito. Não sei qual a intenção desse vídeo, se é pra jogar pra fora do Brasil ou internamente, mas é demonizando a minha pessoa – declarou.

Após o vídeo viralizar nas redes sociais, alguns internautas levantaram a hipótese de as cenas terem sido gravadas pela Rede Globo. Em resposta, a emissora emitiu um comunicado negando ter ligação com a gravação das imagens.

– A Globo desmente que pertençam a produções suas [seja para canal aberto, canais fechados próprios ou Globoplay] vídeo e fotos que estão circulando nas redes sociais de gravação de obra ficcional mostrando um atentado ao presidente da República. A Globo não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo – declarou.

Na sequência, a emissora da família Marinho diz ter apurado a origem do vídeo e que ele faria parte de um filme chamado A Fúria, do cineasta Ruy Guerra.

– Segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado A Fúria, que pretende fechar a trilogia iniciada com Os Fuzis, de 1964, e A Queda, de 1976.

A empresa reconheceu, no entanto, ter participação acionária no Canal Brasil, TV por assinatura que possui 3,61% nos direitos patrimoniais do filme em questão. De acordo com a Globo, o canal não tinha conhecimento das imagens, e a emissora não interfere nos conteúdos dele.

– O Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção. Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal – assinalou da emissora.

A produção do filme A Fúria, por sua vez, alegou que a cena foi “retirada do contexto da história que será contada”.

– Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real. O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada – afirmou a equipe do longa.

Ainda no sábado (16), quando as imagens começaram a circular, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, comunicou que investigará o vídeo que traz uma encenação de um atentado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele pontuou que as cenas são “chocantes” e se comprometeu a analisar as medidas cabíveis em relação ao caso.

– Circulam nas redes fotos e vídeos de um suposto atentado contra a vida do presidente Bolsonaro. Produção artística??? Estamos estudando o caso para avaliar medidas cabíveis e apurar eventuais responsabilidades. As imagens são chocantes e merecem ser apuradas com cuidado – assinalou o ministro.

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