CNJ vê expansão do Comando Vermelho depois de o STF proibir operações policiais em favelas do Rio

Facção busca dominar territórios de grupos rivais

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou um relatório que ilustra a crescente presença do Comando Vermelho no Rio de Janeiro, marcada por confrontos territoriais acirrados e a luta por territórios previamente dominados por milícias. O documento, fundamentado em informações fornecidas pelas polícias estaduais, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, dia 9.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou um exame minucioso da segurança pública no Rio de Janeiro, envolvendo-se profundamente nas atividades policiais e do judiciário local. O resultado foi uma observação de um crescimento no número de disputas territoriais após as limitações estabelecidas pela “Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635)” ao Rio de Janeiro.

O Papel Indireto da decisão do STF na Expansão do Comando Vermelho

A proposta do Supremo Tribunal Federal, conhecida como ADPF 635 ou “ADPF das Favelas”, impôs restrições às operações policiais nas favelas durante a pandemia de covid-19. Esta ação esteve em vigor de 2021 a 2022. Atualmente, as operações necessitam ser notificadas previamente ao Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com o relatório, o Comando Vermelho tem se empenhado em reconquistar áreas que anteriormente eram controladas pela facção Terceiro Comando Puro, incluindo o Complexo de São Carlos e o Complexo do Fallet-Fogueteiro-Turano, situados no centro do Rio.

A empresa está empenhada em capturar os líderes do “Comando Vermelho”, visto como a principal organização criminosa do Rio de Janeiro, através de grandes operações que já causaram confrontos e barricadas em chamas.

Ainda, foi identificado pela Polícia Federal que foragidos do Comando Vermelho em todo o Brasil estão buscando abrigo nas favelas do Rio de Janeiro, onde recebem proteção dos líderes dessa facção e de outras organizações criminosas aliadas.

A escalada de atividades do Comando Vermelho e a competição por territórios estão resultando em um ambiente de conflitos e instabilidade na segurança pública do Estado. As informações são da Revista Oeste.