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Bia Kicis: baderna em Brasília não se enquadra como terrorismo

Segundo a parlamentar, a Lei de Terrorismo exclui manifestações, mesmo que resultem em violência

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) defendeu nesta quarta-feira, 11, que as mais de mil pessoas presas por causa da depredação a prédios públicos em Brasília não sejam enquadradas no crime de terrorismo. “Por maiores que tenham sido o vandalismo e os estragos causados a bens públicos e históricos, temos que aplicar a lei vigente no país”, disse.

O argumento da parlamentar é que a Lei Antiterrorismo, de 2016, diz que conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais dentre outros não se aplica a definição de atos terroristas.

“§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei”.

Na época, esse ponto da lei foi uma exigência dos partidos de esquerda, para blindar movimentos como o MST.

“A lei foi feita dessa forma para safar o MST e outros grupos violentos ligados à esquerda, que sempre invadiram, depredaram e tocaram o terror”, disse Bia. “Se a vontade política mudou e agora querem que tais atos sejam tipificados como terrorismo, cabe ao Congresso mudar a lei, que tem que valer para todos.”

“Ou, se preferirem, a lei tem que ser para todas, todos e todes! Mas não pode ser aplicada a favor dos amigos do PT e pisoteada, reinventada e mal interpretada para punir quem não for da sua patota.”

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