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Senador Cid Gomes apela para lacração ao criticar presidente do Banco Central

Em audiência pública no Senado, o aliado do governo Lula exigiu que Roberto Campos Neto ‘pegasse seu boné’ e fosse embora

A autonomia do Banco Central foi referendada pelo Congresso em 2021. É jogo jogado. Pelas regras em vigor, atacar a pessoa do presidente do BC não é taticamente produtivo. Beira a inutilidade (fora a deselegância) insultar ou fulanizar Roberto Campos Neto.

Pois foi o que fez o senador Cid Gomes nesta terça-feira (25) monótona, durante audiência pública, ao impor um “pedido de demissão” da maior autoridade monetária do país (aceitem), com mandato até o fim de 2024.

Com a verborragia gongórica característica da família Gomes, o aliado do governo caiu na armadilha de buscar lacração em vez de um debate sério e respeitoso entre as instâncias republicanas. Às vezes, essa tática funciona.

Não funcionou. O senador saiu menor depois da provocação juvenil de pedir a Campos Neto que colocasse na cabeça o boné de um banco privado e pedisse para sair.

A questão relevante do alto patamar em que está a taxa Selic atualmente não cabe em cenas de stand-up comedy promovidas por políticos que são, no fundo da alma, mal-humorados. Precisamos voltar a ser um país sério. Cid Gomes não contribui para isso.

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