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Renato Kalil diz à polícia que sua mulher sofria de ‘irritabilidade’

Ilana Kalil foi encontrada morta em casa com um tiro na cabeça

O ginecologista Renato Kalil prestou depoimento à polícia após a morte de sua esposa nesta segunda-feira (14). IIana Kalil, de 40 anos, foi encontrada morta na residência do casal, na região do Morumbi, em São Paulo, com um tiro na cabeça.

De acordo com a Polícia Civil, o médico afirmou que a mulher tinha “irritabilidade frequente” e que contava com o acompanhamento regular de um psiquiatra, bem como o uso de medicamentos controlados. A informação consta no boletim de ocorrência, registrado na 89ª DP de São Paulo, e divulgado pelo UOL. O documento atesta que a morte foi causada por um disparo de arma de fogo e foi registrada na Polícia Civil como suicídio consumado.

A polícia solicitou o comparecimento de um médico legista à residência do casal a fim de “retirar qualquer dúvida quando do disparo” e também para avaliação da “possibilidade de constatação de manuseio da arma por outra pessoa”.

No depoimento, Renato Kalil acrescentou que, na noite de sua morte, Ilana estava especialmente irritada por conta de um post em sua rede social e que isso teria lhe provocado insônia. Atormentada, sua esposa se dirigiu a outro cômodo da casa.

A última publicação de Ilana, no stories do Instagram dizia: “Fui censurada de novo. E lá vai… Quem viu, viu. Quem não viu, não vai ver mais. E viva a ditadura”. Emojis de risos ilustravam o post.

O episódio é mencionado no boletim de ocorrência de forma superficial: “Ilana estava revoltada por ter tido que apagar o seu Instagram por questões outras que o casal vinha enfrentando”.

Kalil relatou aos policiais que por volta de 3h40 da madrugada, ainda em cômodos separados, ele teria ouvido um disparo. Ele afirma que, além de mensagens virtuais de despedida, Ilana deixou uma carta na mesa da sala, cômodo onde ele a encontrou já sem vida.

De acordo com a versão do médico, a arma pertencia a seu pai, estava escondida e em situação regular. Segundo ele, Ilana não sabia manusear armas de fogo.

A polícia vai investigar o caso e analisar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte ou abrir outra linha de investigação. O promotor Fernando Bolque foi designado pelo Ministério Público de São Paulo.

BUSQUE AJUDA
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida é uma das instituições que dão apoio emocional e trabalham para prevenir o suicídio. Para pedir ajuda, ligue para o número 188.

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