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Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos

Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas e do Rio Grande do Sul absolveram o endocrinologista Flavio Cadegiani

Os Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas (CRM-AM) e do Rio Grande do Sul (Cremers) absolveram o médico endocrinologista Flavio Cadegiani de dois processos administrativos. O site Metrópoles divulgou a informação nesta quarta-feira, 7.

Cadegiani era investigado por supostas irregularidades em estudo com o medicamento proxalutamida, usado para o tratamento precoce em pacientes com covid-19.

O CRM-AM inocentou o endocrinologista em 3 de abril de 2023. Na ocasião, a 1ª Câmara de Julgamento do CRM-AM absolveu Cadegiani por unanimidade. O médico Daniel Nascimento Fonseca, diretor técnico do Grupo Samel, também foi inocentado.

A relatora do caso, médica Danielle Monteiro Fonseca da Silva, decidiu que Cadegiani não tem vínculo com a indústria farmacêutica, “tampouco divulgou informações inverídicas, mostrando, apenas, os resultados animadores das pesquisas”.

Quem é o médico que estudou o tratamento precoce?

O Cremers seguiu na mesma linha e inocentou Cadegiani. Antes disso, no entanto, havia aberto uma investigação contra o endocrinologista. Isso começou a partir de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusou Cadegiani de divulgar um estudo sem a aprovação dos órgãos competentes.

Na decisão mais recente, o Cremers afirmou que o estudo do endocrinologista foi aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) antes mesmo de sua produção, em janeiro de 2021.

O órgão acrescentou que o tratamento com a proxalutamida poderia ocorrer sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque o estudo de Cadegiani era apenas um experimento acadêmico. O médico não tinha objetivos comerciais.

Em outubro de 2022, a 5ª Câmara do Cremers aprovou o parecer do conselheiro Luciano Zogbi Dias. Ele disse que o estudo de Cadegiani estava “de acordo com os princípios éticos e com a legislação vigente”.

Zogbi destacou ainda que o estudo com a proxalutamida teve resultados “extremamente animadores”. Segundo o conselheiro, houve “efeitos estatisticamente significativos na redução do dano pulmonar ocasionado pela covid, mesmo no curto período de tratamento e, também, por não ter havido dano aos pacientes testados pela droga”. As informações são da Revista Oeste.

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