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PF faz busca e apreensão contra empresário que era dono de rádio afiliada a Jovem Pan

Agentes cumprem mandado em Itapetininga, no interior de São Paulo

De acordo com O Globo, nesta terça-feira, 27, a Polícia Federal está realizando uma busca e apreensão em locais pertencentes ao proprietário de uma estação de rádio em Itapetininga, localizada no interior de São Paulo. A emissora era uma afiliada da Jovem Pan.

A 13ª etapa da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo encontrar possíveis financiadores dos eventos ocorridos em 8 de janeiro, recebeu a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar buscas.

No mês de abril, durante uma transmissão radiofônica, Milton de Oliveira Júnior, proprietário da emissora, afirmou que havia prestado auxílio a manifestantes que se dirigiam a Brasília. “Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum”, comentou. “Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada, se a senhora quiser eu mando no seu WhatsApp os recibos de Pix, está tudo com o meu CPF”, afirmou na época.

Depois das declarações, a rádio Jovem Pan anunciou que rompeu o contrato com sua afiliada de Itapetininga, por prática que “expõe a marca” da emissora e “viola cláusulas” do acordo.

A Jovem Pan rompeu o contrato com a empresa. O vídeo com a confissão feita pelo jornalista ainda circula nas redes sociais.

Hoje, a Jovem Pan reiterou que o empresário não faz mais parte do grupo de afiliados desde 20 de abril deste ano.

“O contrato com a DPV Limitada, empresa que administrava a Jovem Pan Itapetininga, foi rompido de imediato, por iniciativa do Grupo Jovem Pan, logo após a fala do radialista que usou o espaço da programação local da afiliada para manifestar apoio aos atos criminosos de 8 de janeiro e para declarar ter apoiado financeiramente os protestos que levaram à depredação em Brasília”, afirmou a empresa em nota.

“O Grupo Jovem Pan reforça a posição em defesa da democracia e do Estado de Direito, razão pela qual se viu obrigado a adotar medidas legais contra o empresário Milton Oliveira com o objetivo de preservar a credibilidade de uma empresa que tem 80 anos de história na radiodifusão”, finaliza.

De acordo com a Polícia Federal, os eventos em questão podem ser considerados como potenciais violações dos seguintes crimes: afronta violenta ao Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e danos a bens especialmente protegidos por lei. As informações são da Revista Oeste.

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