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Não há dinheiro para ‘aumento geral’ a servidores, diz líder do governo

Ricardo Barros reconheceu que será difícil aprovar reajuste para policiais e, ao mesmo tempo, negar aumentos para outras áreas

Apesar da intenção do presidente Jair Bolsonaro de conceder reajuste salarial às forças de segurança, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta quarta-feira, 19, que o governo não tem recursos para aumentar o salários de servidores de várias categorias.

Barros reconheceu que será difícil aprovar reajuste para policiais e, ao mesmo tempo, negar aumentos para servidores federais de outras áreas.

“O governo desejou dar aumento para os policiais, pediu ao Congresso, foi atendido pelo relator do Orçamento. Se o presidente deseja fazer o aumento e encontrar solução para isso, vamos encaminhar”, afirmou o deputado em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan. “Mas é muito difícil encontrar um caminho para atender algumas categorias e isso provoca reação das demais. Ontem tivemos uma pequena mobilização.”

O líder do governo se referia ao movimento grevista de servidores do Banco Central (BC), que paralisaram suas atividades por duas horas, na terça-feira 18.

As reivindicações de servidores federais de diversos órgãos tiveram início a partir da indicação de Bolsonaro de que apenas carreiras policiais seriam contempladas com reajuste neste ano. No Orçamento de 2022, há R$ 1,7 bilhão reservados para aumento do funcionalismo.

“Efetivamente, não há recurso no Orçamento para aumento geral de todas as categorias”, reconheceu Barros. “Me parece que tende a não haver aumento para ninguém. Mas se for a decisão do presidente manter a determinação de prestigiar as forças de segurança e for encontrada uma equação para isso, vamos avançar. Parece-me muito complexo que a gente consiga dar aumento apenas para algumas categorias”, completou.

Em relação ao andamento de reformas estruturais importantes para a economia brasileira, como a administrativa e a tributária, Ricardo Barros admitiu que dificilmente elas serão aprovadas durante um ano eleitoral.

“Não tem muito espaço para os interesses do país, infelizmente. Quando votamos o Auxílio Brasil, que é absolutamente necessário, o PDT do Ciro Gomes e o Podemos do Sergio Moro mudaram de posição. Votaram a favor no primeiro turno e, no segundo turno, a pedido de seus presidenciáveis, votaram contra porque achavam que isso fortaleceria o Bolsonaro”, criticou.

“Então, obviamente, não é um ano para votar reformas porque os partidos vão votar seguindo os interesses de seus candidatos, e não os do Brasil”, concluiu o deputado.

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