Lula põe a mão na massa e Vale vira pão para Mantega

Quem pressiona pelo governo é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Lula E Guido Mantega Em Março De 2007 Lula E Guido Mantega Em Março De 2007
Lula e Guido Mantega em março de 2007 (Crédito: Montagem ISTOÉ: Antonio Cruz/ABr // José Cruz/ABr)

Quem pressiona pelo governo é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

, em uma flagrante demonstração de interferência governamental nas esferas privadas, não hesitou em desrespeitar a linha que separa o público do privado na última quinta-feira, 25 de janeiro. Ele fez pressões descaradas sobre a Vale, uma respeitável instituição privada, com o objetivo de colocar o seu aliado e ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, na direção da mineradora.

Aproveitando-se de forma oportunista e insensível da tragédia de Brumadinho, Lula mais uma vez expõe o típico comportamento intervencionista dos esquerdistas, que não respeitam os princípios de livre mercado e autonomia empresarial, pilares fundamentais de uma sociedade verdadeiramente livre e próspera.

“Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada”, publicou Lula no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter.

“É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”, acrescentou.

Quem pressiona pelo governo é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ele, sem qualquer vergonha, fez contato com conselheiros da Vale nesta quarta-feira, 24 de janeiro, implorando que o comitê de acionistas se curvasse perante a vontade do presidente e escolhesse seu indicado para liderar a companhia na reunião da próxima terça-feira, 30. Mais uma vez, vemos a tentativa descarada de manipulação política em nossas instituições de mercado.

“O ministro foi claro. Lula não quer um assento para Mantega no conselho (são 13 vagas), mas o principal cargo executivo, cuja remuneração anual, aliás, é de cerca de R$ 60 milhões”, diz o Estadão.

“O governo tem à disposição instrumentos para ‘apertar a Vale’, caso considere ser necessário. Conselheiros citam, por exemplo, direitos minerais e de concessão de ferrovias”, acrescenta.

Aliados do presidente e parceiros privados desenvolveram um plano onde Mantega assumiria um assento no conselho de administração da Vale, mantendo o atual presidente Eduardo Bartolomeo no cargo por um ano adicional.

A informação dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo confirma os rumores apontados e analisados por O Antagonista.

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