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Justiça Militar culpa gestão Lula por 8/1 e isenta polícia e tropa

De acordo com o inquérito, a investigação sugere que, se houvesse um planejamento “adequado” do governo Lula, a invasão ao palácio poderia ter sido evitada

Após uma investigação realizada pelo Superior Tribunal Militar, foi constatado que as forças militares responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto durante os ataques ocorridos em 8 de janeiro foram consideradas isentas de qualquer responsabilidade.

Ao invés disso, foram apontados sinais de envolvimento da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que integra o Gabinete de Segurança Institucional.

Segundo um inquérito que estaca em sigilo, mas foi revelado hoje pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a investigação indica que se houvesse uma preparação adequada no início do mandato do presidente (PT), o ataque ao palácio poderia ter sido evitado ou reduzido em termos de danos.

Em 2021, o General Carlos Feitosa Rodrigues assumiu a Secretaria do GSI durante a gestão de Augusto Heleno. Mesmo após a renúncia do Ministro do GSI, General Gonçalves Dias, em abril, devido à divulgação de imagens que levantaram dúvidas sobre a atuação do órgão durante o incidente de 8 de janeiro, o General Rodrigues permaneceu no cargo.

De acordo com o artigo, a análise militar sugere que a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial/Dseg é responsável de maneira geral, mas não identifica pessoas ou posições específicas. As descobertas também mencionam o Departamento de Segurança Presidencial (DSeg).

Antes do ataque, em 6 de janeiro, o GSI previu que a situação seria de “normalidade” no fim de semana. No entanto, a Agência Brasileira de Inteligência teria enviado 11 alertas ao ex-ministro do GSI através de um grupo de WhatsApp entre 6 de janeiro e o início dos ataques.

Segundo a matéria, “o inquérito” aponta que “o planejamento, o acionamento e a execução das ações relacionadas à integridade física do Palácio do Planalto e regiões adjacentes cabiam à Secretaria do GSI”.

De acordo com a matéria investigativa, a investigação afirma que em 8 de janeiro havia menos militares do que em 31 de julho do ano anterior, quando convocou manifestantes para protestar contra o STF, e 110 militares estavam ativos para reforçar a segurança do Planalto. Entretanto, durante a invasão da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro, somente um pelotão composto por 36 homens do Comando Militar do Planalto foi enviado para reforçar a segurança, e isso só aconteceu por volta do meio-dia.

De acordo com o relatório da investigação militar, não foram identificadas evidências de infração militar ou civil por parte das tropas, uma vez que a falta de planejamento impediu uma resposta adequada diante do grande número de invasores e da sua conduta agressiva.

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