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Israel ataca célula e instalações do Hezbollah em resposta a provocações do grupo terrorista

Conflito entre forças israelenses e milícias no sul do Líbano aumenta.

As forças israelenses e as milícias no sul do Líbano continuam trocando tiros, informou nesta sexta-feira o Exército de Israel, que atacou alvos do grupo xiita libanês Hezbollah.

“Ontem (quinta-feira), em resposta ao fogo do Líbano em direção a Israel, as Forças de Defesa de Israel atacaram uma célula terrorista dentro de um complexo do Hezbollah, bem como infraestrutura” do grupo no Líbano, informou um porta-voz do Exército israelense.

Além disso, “uma célula terrorista que tentou lançar mísseis antitanques do Líbano em direção a Israel na área de Har Dov foi atacada por tanques” israelenses, explicou.

Dois soldados israelenses ficaram levemente feridos depois que um drone atingiu um posto militar israelense na zona de Har Dov, sobre a linha de fronteira.

Desde 8 de outubro, no dia seguinte ao início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, Hezbollah e outras milícias pró-palestinas se enfrentam a tropas israelenses nas zonas fronteiriças.

A escalada de tensão na fronteira causou pelo menos 77 mortos: 8 em Israel – 7 soldados e um civil – e pelo menos 69 no Líbano, incluindo 8 civis – entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 55 membros do Hezbollah e 6 integrantes de milícias palestinas.

Embora se trate de uma escalada ainda considerada de baixa intensidade, as cifras de mortos não têm precedentes desde a guerra de 2006, a maioria nas fileiras do Hezbollah.

O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, deve dar nesta sexta-feira seu primeiro discurso público desde o início da crise de Gaza, com o temor crescente ao estouro de um novo front de guerra aberta entre Israel e Líbano.

O Hezbollah, um grupo terrorista apoiado pelo regime do Irã, se confrontou com as forças israelenses ao longo da fronteira, onde 55 de seus combatentes morreram na escalada mais mortífera desde que travou uma guerra com Israel em 2006.

Na véspera do discurso, que será realizado por meio de uma tela, o Hezbollah montou o que parecia ser sua maior ofensiva até o momento em mais de três semanas de combates, afirmando que havia lançado 19 ataques simultâneos contra posições do Exército israelense e utilizando pela primeira vez drones explosivos.

Israel respondeu com ataques aéreos e fogo de tanques e artilharia à medida que os combates na fronteira se intensificavam.

No entanto, como até agora os confrontos se limitaram à fronteira, o Hezbollah só utilizou uma pequena parte do poder de fogo com o qual Nasrallah vem ameaçando Israel há anos.

Muitos libaneses aguardam com ansiedade o discurso das 15h (13h GMT), atormentados há semanas pelo temor a um conflito catastrófico. Alguns dizem que não estão fazendo planos além desta sexta-feira, acreditando que suas declarações sinalizarão as possibilidades de uma escalada.

O discurso também está sendo objeto de uma maior expectativa. Nasrallah é uma das principais vozes de uma aliança militar regional estabelecida pelo Irã para conter os Estados Unidos e Israel.

Conhecida como o “Eixo da Resistência”, inclui as milícias muçulmanas xiitas iraquianas que dispararam contra as forças americanas na Síria e no Iraque, e os hutíes do Iêmen, que se meteram no conflito disparando drones contra Israel.

Ataviado com o turbante negro de um sayyid, ou descendente do profeta Maomé, e túnicas clericais xiitas, Nasrallah é uma das figuras mais proeminentes do mundo árabe.

Reconhecido até mesmo por seus detratores como um hábil orador, seus discursos são seguidos há muito tempo com atenção tanto por amigos quanto por inimigos. Seus adversários, incluindo os Estados Unidos, o consideram um terrorista.

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