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Inflação encarece preço do miojo, símbolo de comida rápida e barata

Inflação do macarrão instantâneo foi quase cinco vezes maior que o índice geral do IPCA

O aumento repentino nos preços do macarrão instantâneo tem levado o consumidor a rever suas compras, já que o produto que antes custava menos de R$ 0,90 agora pode ser encontrado por quase R$ 3,00.

O preço do macarrão instantâneo aumentou quase 25% nos últimos 12 meses, cinco vezes mais do que o índice geral de preços ao consumidor.

O “macarrão instantâneo” agora faz parte do IPCA de acordo com o IBGE, após atualização da estrutura de ponderação do índice. Isso ocorreu com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. Antes, o IPCA não incluía os preços desse produto.

A ABIMAPI afirma que o Brasil precisa importar mais de 50% do trigo necessário para produzir alimentos como macarrão instantâneo, tornando-os vulneráveis à flutuação do dólar, já que cerca de 70% do custo desses alimentos vem da farinha.

“Sendo assim, qualquer variação no preço do trigo tem impacto direto para os fabricantes”, afirma a Abimapi. Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que respondem, juntos, por 30% das exportações mundiais de trigo, também afeta a cadeia produtiva de alimentos.

O aumento do preço do macarrão instantâneo em relação a outros alimentos pode ser explicado pela questão climática, segundo o economista Matheus Peçanha. “Os custos com grãos subiram muito em 2020 por causa do La Niña. Isso afetou também o custo da proteína animal. Ainda temos problemas de seca no Sul.”

Segundo Peçanha, a demora na redução de preços de produtos industrializados está ligada aos contratos já fechados com valores definidos para fretes e remessas de matéria-prima.

A história do Miojo que virou sinônimo de macarrão instantâneo

O Nissin lámen é um dos alimentos mais populares no Brasil, mas nem sempre foi assim. A história da marca no país começou em 1965, quando o empresário taiwanês Momofuku Ando criou o macarrão instantâneo em sua fábrica no Japão. No entanto, foi apenas em 1971 que o produto chegou ao Brasil, trazido pela empresa Ajinomoto. Inicialmente, o lámen não fez muito sucesso, mas com o tempo, a marca Nissin se consolidou no mercado brasileiro e se tornou uma das mais conhecidas e consumidas pelos brasileiros. Hoje em dia, o Nissin lámen é um ícone da culinária rápida e prática no país. Com informações do Estadão.

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Um Comentário

  1. Quero saber o que não aumento, uma vergonha esses NOSSOS governantes,só pensam em se dar bem e o povo que se lasque

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