Homem com dengue tem ereção prolongada de 18 horas

Caso Inédito na Medicina: Jovem Africano com Priapismo Associado à Doença Desconhecida

Na edição mais recente da revista “Urology Reports”, publicada no último domingo (18/2), foi apresentado um caso inédito. Um adolescente de 17 anos, residente em Burkina Faso (anteriormente Alto Volta), que havia contraído dengue, desenvolveu priapismo arterial como resultado da doença. Os médicos caracterizaram o sintoma como uma “ereção vigorosa”, que persistiu por 18 horas.

Os autores do estudo, liderados por Hassami Sawadogo, que detalham o caso peculiar, afirmam que “Nenhuma associação (entre dengue e ereção prolongada) semelhante foi previamente documentada na literatura médica”.

Relatos de médicos de um ambulatório de nefrologia de um hospital local indicam que um adolescente africano, referido como A. S., sofreu um grave caso de dengue, que resultou em necrose tubular aguda. Ele estava hospitalizado por cinco dias quando experimentou uma ereção de 18 horas consecutivas, a um ângulo de 50 graus, sem dor ou qualquer estímulo sexual. O tratamento do jovem envolveu a aplicação de bolsas de gelo no órgão genital para reduzir o fluxo sanguíneo, o que resultou no retorno total ao estado de repouso dois dias depois. Não foram identificadas consequências negativas para a saúde do órgão genital.

Os médicos envolvidos no caso afirmaram: “Não houve sopro à ausculta. A estimulação sexual fortaleceu a ereção. Mencionamos o priapismo arterial ou de alto fluxo. A dengue, por causar vazamentos vasculares, pode ser um gatilho raro para priapismo arterial. Mais estudos são necessários para elucidar esses mecanismos e possíveis implicações clínicas.” O priapismo arterial geralmente é resultado de lesões, como as que ocorrem em acidentes, que rompem pequenos vasos e causam um fluxo sanguíneo excessivo para o pênis.  Há também casos com overdose de drogas estimulantes.