Hamas obrigava crianças a assistir vídeos do massacre

Sob a mira de armas, os menores ‘não podiam chorar’; os relatos são dos familiares de Eitan Yahalomi, de 12 anos, e Emily Hand, de 9 anos
Ao Lado Da Mãe, Eitan Yahalomi, De 12 Anos, Aparece Deixando O Hospital Em Tel Aviv Após Ser Libertado Pelos Terroristas Ao Lado Da Mãe, Eitan Yahalomi, De 12 Anos, Aparece Deixando O Hospital Em Tel Aviv Após Ser Libertado Pelos Terroristas
Ao lado da mãe, Eitan Yahalomi, de 12 anos, aparece deixando o hospital em Tel Aviv após ser libertado pelos terroristas; de acordo com a família ele está mais magro e calado | Foto: Divulgação/Forças de Defesa de Israel

Sob a mira de armas, os menores ‘não podiam chorar’; os relatos são dos familiares de Eitan Yahalomi, de 12 anos, e Emily Hand, de 9 anos

Parentes dos indivíduos que foram resgatados e devolvidos a Israel como uma parte do acordo de trégua temporária, relataram que os membros do Hamas forçaram as crianças a assistir vídeos filmados por eles durante o ataque de 7 de outubro, enquanto estavam sendo mantidas em cativeiro. Sob ameaça de armas, os jovens não podiam expressar emoção alguma.

Deborah Cohen, que é a tia de Eitan Yahalomi, um garoto de 12 anos, relatou em uma entrevista para um canal de notícias francês o que seu sobrinho contou a ela sobre sua experiência após ser libertado na noite anterior, na segunda-feira, 27. Ao chegar à Faixa de Gaza, todos os residentes, todos eles, o agrediram,”, disse. “Toda vez que uma das crianças chorava, ameaçavam-nas com rifles para que se calassem.”

De acordo com Eitan, que tem 12 anos e fala como uma criança, o Hamas o obrigou a assistir a vídeos terríveis do ataque terrorista.

No dia 7 de outubro, um jovem francês foi mantido como refém junto com sua mãe e irmãs, mas estas conseguiram escapar e voltar para Israel, enquanto ele foi levado para Gaza em uma motocicleta. Infelizmente, seu pai, Ohad, continua sendo mantido como refém, tendo sido baleado e ferido por terroristas durante o sequestro.

Segundo a avó de Esther Yahalomi, o início do período de cativeiro do neto foi muito difícil, uma vez que ele teve que enfrentar 16 dias completamente sozinho.

“Há um mês, o transferiram para junto de um grupo de pessoas de Nir Oz, ficando mais fácil para ele”, disse. “Meu neto encontrou o cuidador dele do tempo de pré-escola e, assim, pode ver rostos familiares.”

A avó relatou que, de acordo com a família, o garoto apresenta um aspecto mais magro, silencioso e sem expressar sorrisos, demonstrando-se bastante contido.

Vídeos assistidos pelas crianças foram filmados pelos próprios terroristas

As gravações que o garoto alegou ter sido obrigado a assistir foram registradas pelos integrantes do Hamas. Na data de 7 de outubro, os terroristas fizeram o registro dos delitos em tempo real.

Algumas imagens foram registradas através de câmeras presas aos seus próprios corpos, enquanto outras foram gravadas tanto por seus próprios celulares quanto pelos dispositivos das vítimas presentes. Posteriormente, esses vídeos foram compartilhados nas plataformas de mídia social.

Emily Hand, de 9 anos, não consegue dormir e chora à noite

Outras famílias além da de Eitan também compartilharam com a mídia o que suas crianças disseram após voltarem para Israel.

Thomas Hand, o pai de Emily, que foi solta pelos terroristas no domingo, 26, relatou o estado emocional da sua filha, de nove anos de idade: “Ela achava que tinha sido mantida refém por um ano”, disse.

O relato aconteceu durante uma entrevista a rede de TV norte-americana CNN: “Emily chora à noite e não quer nenhum consolo, ela esqueceu como é ser consolada”, contou. “Na noite passada, ela se cobriu com o edredom e chorou silenciosamente.”

O pai acredita que a recuperação emocional da filha será lenta: “No início, ao ser libertada, ela estava apenas sussurrando, você não conseguia ouvi-la”, lembrou. “Ela foi condicionada a não fazer barulho.”

Durante o ataque do Hamas, Emily participava de uma festa do pijama na casa de uma amiga. Inicialmente houve informações de que ela havia falecido, mas depois foi divulgado que a menina estava entre os reféns em Gaza.

Hand confessou ter ficado chocado ao ver o quanto o sofrimento imposto à filha em cativeiro a transformou: “Quando ela deu um passo para trás, pude ver como o seu rosto estava esculpido, como o meu”, disse. “Antes era rechonchudo, feminino, um rosto de criança,” As informações são da Revista Oeste.

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