Flávio Dino responde ao ultimato da CPMI do 8/1: ‘Não adianta ficar inventando fatos’

Ministro da Justiça se pronuncia sobre entrega de filmagens de prédios invadidos em Brasília.

Em resposta à determinação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fez uma declaração na terça-feira (1°). A CPMI havia exigido que as imagens de vigilância dos edifícios invadidos em Brasília no início do ano fossem entregues em um prazo de 48 horas.

Caso as filmagens não sejam entregues no prazo estipulado, a comissão irá buscar o acesso às informações requisitadas através do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme alertado pela mesma.

Dino tomou a decisão de negar o acesso às filmagens das invasões aos prédios públicos de Brasília durante os ataques antidemocráticos nas sedes dos Três Poderes que ocorreram em 8 de janeiro, o que levou à medida tomada posteriormente.

Dino utilizou as redes sociais para comentar sobre a decisão, mencionando uma possível tentativa da oposição de interferir nas eleições de 2022. Além disso, ele citou os protestos antidemocráticos que aconteceram entre outubro e janeiro do ano anterior.

Além disso, mencionou uma tentativa de ataque à b0mba no Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro de 2022. “Essas são verdades comprovadas. Não adianta ficar inventando ‘fatos’ para encobrir tais verdades”, declarou.

Dino justificou que não poderia enviar o material na semana anterior, pois somente o poder Judiciário teria autoridade para liberar informações que fazem parte de uma investigação em andamento.

O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), insistiu: “Não faz sentido nenhum que tudo aquilo que esteja fazendo parte dos inquéritos não possa ser do conhecimento dessa CPMI. Sendo assim, e até pela obrigação que tenho como presidente deste colegiado de manter a integridade e autoridade deste colegiado, não posso aceitar que as partes tenham simplesmente o direito de dizer ‘Eu não vou atender’”.