Filho é réu, com o pai, por tráfico de influência, organização criminosa etc
Servidores da Assembleia Legislativa Estadual de São Paulo (Alesp) foram surpreendidos com a publicação, no Diário Oficial, do ato de exoneração de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Luís Cláudio é réu em processo decorrente da Operação Zelotes no qual é acusado, ao lado do pai, de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra de caças suecos no governo Dilma Rousseff.
Servidores da Alesp alegam nunca terem visto o filho do petista em seu suposto local de trabalho e chegam a considerá-lo “funcionário fantasma”.
Ele estava locado no gabinete do deputado estadual Emídio de Souza (PT), recebendo salários como “auxiliar parlamentar”.
A notícia da demissão foi divulgada em primeira mão, nesta terça-feira (10), pelo jornalista Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes.
O parlamentar contou uma lorota para justificar a boquinha reservada ao filho do ex-presidente: “Ele vai cuidar da minha agenda, tramitação de documentos, projetos e emendas. E vai ajudar em redes sociais. Trabalhará internamente e cumprirá expediente todos os dias”.
Mas o fato é que servidores da Alesp afirmam nunca ter visto o filho de Lula trabalhando.
Nomeado há mais de dois anos, em abril de 2019, o filho do ex-presidiário recebia R$6.836,59 mensais.
O deputado estadual que o indicou para nomeação, Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco (SP), é tesoureiro nacional do PT.