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Dois ministros de Lula assinaram manifesto pró-Hamas em 2021, diz Globo

“Resistência não é terrorismo!”, defendia o texto assinado por dez então deputados do PT

Um manifesto de repúdio à designação do Hamas como “organização terrorista” pelo Reino Unido foi assinado em 2021 por dez deputados do PT, entre eles Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ambos ministros do governo .

A TV Globo revelou que a jornalista Mônica Waldvogel foi alvo de ataques virtuais depois de afirmar que o Partido dos Trabalhadores considera o Hamas como uma forma de resistência. Essa declaração foi feita após o massacre que ocorreu em Israel, onde centenas de civis foram mortos e um brasileiro foi encontrado morto. O governo omitiu o nome do grupo responsável pelo ataque. As informacoes são do Oantagonista.

“Nos bastidores, deputados do PT também se queixaram com jornalistas do canal de notícias da Globo em Brasília”, informou o F5, da Folha de S. Paulo – o jornal que, nesta segunda-feira, 9, finalmente passou a tratar o Hamas como organização terrorista.

Segundo a emissora de TV, “Mônica Waldvogel vai reiterar que se referiu, não ao PT como um todo, mas a um manifesto assinado, em 2021, por representantes do partido”. Os então “deputados do PT que assinaram o manifesto”, de acordo com a nota da Globo, são:

  • Zeca Dirceu (PR),
  • Paulo Pimenta (PT-RS),
  • Alexandre Padilha (PT-SP),
  • Érika Kokay (PT-DF),
  • Professora Rosa Neide (PT-MT),
  • Enio Verri (PT-PR),
  • Helder Salomão (PT-ES)
  • Nilto Tatto (PT-SP)
  • Padre João (PT-MG)
  • Paulão (PT-AL).

A emissora também reproduziu a íntegra do manifesto, publicado em 2021 por blogs de esquerda:

“Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de ‘organização terrorista’, alegando falsamente que o Movimento palestino seria ‘fundamentalmente e radicalmente antissemita’.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.”

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