Proposta havia sido aprovada em 25 de outubro, mas foi vetada integralmente pelo presidente Lula em 23 de novembro
Na tarde de quinta-feira (14), o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até 2027. Embora a proposta tenha sido aprovada pelo Parlamento em 25 de outubro, ela foi vetada integralmente menos de um mês depois, em 23 de novembro. A reversão do veto contou com 60 votos a favor (contra 13) no Senado e 378 votos a favor (versus 78) na Câmara dos Deputados.
Líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) orientou a bancada a derrubar o veto, sob a alegação de que o Executivo tenta cobrir fiscal “em detrimento de empregos”. “São 17 setores que mais empregam no país, 9 milhões de empregados”, citou. “O PT está deixando claro que vota contra o trabalhador, pelo desemprego. Por isso, a oposição, de forma responsável, está endossando a derrubada do veto.”
A base do governo, mesmo admitindo uma “derrota contabilizada”, aconselhou a manutenção do veto. “O ministro Haddad [Fazenda], insistentemente, procurou a construção de um diálogo e mediação em relação a esse veto com todos os setores. Não foi possível”, afirmou o líder no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que ressaltou que a medida traz impacto de R$ 20 bilhões para as contas públicas. “O governo continua à disposição para dialogar”, disse.
A decisão do presidente desagradou a grande maioria dos congressistas, representando 84% dos deputados (com 430 votos favoráveis dentre 513) e a maioria dos senadores. Entretanto, no Senado, a proposta foi facilmente aprovada por meio de uma votação simbólica, na qual há consenso entre os parlamentares.
As organizações que representam os 17 setores que foram beneficiados com a isenção de impostos, bem como os trabalhadores e grupos da sociedade civil, uniram suas vozes para exigir que o veto do presidente seja revogado. As centrais sindicais previram que, se a isenção fiscal for retirada, pelo menos um milhão de empregos serão perdidos.
Graças a Deus pelo menos uma notícia boa no meio de tantas derrotas!!!
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