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Empresa ré por garimpo ilegal é contratada para atuar em terra Yanomami

Empresa conseguiu primeiros contratos com o governo federal durante a gestão de Dilma Rousseff

Já na gestão do presidente Lula, o Exército e o Ministério da Saúde firmaram contrato com a Cataratas Poços Artesianos para atuar em território yanomami. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a empresa é ligada ao garimpo ilegal sendo, inclusive, alvo de uma operação da Polícia Federal, Ibama e Anac, em agosto de 2021.

Em março deste ano, o Exército contratou a empresa, sem licitação, para perfurar um poço na terra yanomami e abastecer a base militar em surucucu. O serviço custou R$185 mil. No mesmo mês, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, também contratou a empresa para construção de um poço, mas o serviço foi interrompido.

A Cataratas Poços Artesianos conseguiu os primeiros contratos com o governo federal na gestão de Dilma Rousseff, em 2011. Até 2021, só com a pasta da Saúde, eram nove contratos com valor total de R$19,8 milhões.

A empresa, diz o MPF, teve envolvimento com o garimpo ilegal na região, servindo como base para os criminosos. As ilegalidades envolveriam o uso de um heliponto pelo garimpo ilegal, além de ter sido encontrado maquinário e 2kg de mercúrio, usado para separar ouro das impurezas.

Em nota ao Uol, o Ministério da Saúde afirmou que não pagou nada à empresa e que a Cataratas Poços Artesianos foi escolhida “tendo em vista as dificuldades de acesso que reduzem a oferta de serviços na região”. O Exército disse que a empresa “apresentou habilitação técnica e documentos exigidos em lei”. Já a Cataratas informou que “não há nenhuma ilegalidade da empresa que a impeça de prestar o serviço. As informações são do Diário do Poder.

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