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Ações da Vale desabam quase 25% sob o governo Lula

Desde que o petista retornou ao poder, a cotação caiu quase 25%

Ao iniciar seu terceiro mandato como presidente, Luiz Inácio da Silva viu a mineradora Vale do Rio Doce valer aproximadamente R$ 370 bilhões. Entretanto, na última sexta-feira 8, o valor de mercado da companhia diminuiu para um pouco abaixo de R$ 300 bilhões.

O valor das ações da Vale concluiu o ano de 2022 em R$ 88,88. No último pregão da B3 na sexta-feira, o preço estava em R$ 65,90. Portanto, durante esse período, observou-se uma redução aproximada de 25%.

Embora não seja uma empresa pública, a Previ, com 8,7% das ações, é a principal acionista da mineradora. Esta é o fundo de pensão dos trabalhadores do Banco do Brasil.

O Banco do Brasil, uma estatal, escolhe metade do conselho da Previ. Isso assegura ao governo influência no fundo e na própria Vale.

Queda de R$ 50 bilhões no valor da Vale em meio à tentativa fracassada de mudança de direção

Nesse ano, quase R$ 50 bilhões foram perdidos devido à queda do valor. Essa queda ocorreu durante o processo de mudança de direção na empresa, que incluiu uma tentativa, até agora sem sucesso, do governo Lula de colocar o ex-ministro Guido Mantega como presidente da Vale. Na sexta-feira passada, o conselho da empresa decidiu prorrogar o contrato de Eduardo Bartolomeo como CEO da empresa até dezembro de 2024, anteriormente ele teria permanecido no cargo apenas até maio.

Mantega foi o responsável pela liderança do Ministério da Fazenda de 2006 a 2015, conforme seu currículo. Em outras palavras, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, ele ocupou o cargo principal da pasta. Esse período foi marcado por escândalos de corrupção, descontrole dos gastos, instabilidade política e crise econômica.

Ademais, entre 2014 e 2015, Mantega assumiu a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Foi um período em que a empresa estatal diminuiu seu valor de mercado, durante o maior escândalo de corrupção já registrado na história brasileira: o “Petrolão”.

Em 2016, durante uma das fases da Operação Lava Jato, o ex-ministro foi preso preventivamente.

Guido Mantega na chegada da prisão na sede da PF em São Paulo – 22/09/2016 | Foto: Fernando Bizerra/Agência Lusa

Mantega foi atingido pelas investigações após o testemunho de Eike Batista, o fundador da empresa de petróleo OGX, que foi renomeada para Dommo Energia em 2017 e deixou a B3 em janeiro de 2024. O empresário declarou à Justiça que Mantega, enquanto ministro da fazenda e presidente do conselho da empresa estatal, pediu-lhe um pagamento de R$ 5 milhões a favor do PT. As informações são da Revista Oeste.

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