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“Quem vai decidir essa eleição é o Centro”, diz Arthur Lira

Presidente da Câmara afirma que Bolsonaro e Lula fazem gestos que os prejudicam

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira (27) que mesmo com o cenário polarizado, quem vai definir esta eleição é o eleitor moderado de centro. O líder avaliou que sempre que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem gestos para a suas alas mais radicais “eles perdem (votos) fácil”.

Lira citou como exemplo declarações de Lula quando ele minimizou a independência do Banco Central ou falou a favor da revogação da reforma trabalhista, declarações que casaram com uma melhora do desempenho de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto.

– Toda vez também que o presidente Bolsonaro fala muito claramente a linha dos mais radicais da direita, isso pode influir – argumentou.

– Quem vai decidir essa eleição é o Centro. São os eleitores moderados, são os brasileiros que querem previsibilidade, que vão escolher o que cada um representa – disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

– Com a polarização neste nível no Brasil, os que ficam ao centro, que são os 33%, 34% dos eleitores que vão decidir o que cada um representa – avaliou.

DANIEL SILVEIRA

O presidente da Câmara também afirmou na entrevista que o desfecho do caso Daniel Silveira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), vai deixar claro o limite de cada poder na República.

– Nós vamos levar essa discussão nos limites institucionais e constitucionais para termos uma saída clara de qual é o limite de cada poder na República, e isso vai ficar claro no desfecho desse caso – disse.

Lira declarou ainda que, por ser malcompreendido, muitas vezes apanha dos dois lados. Da esquerda “porque acham que sou aliado de Bolsonaro” e da direita “que acham que eu sou capacho do STF”.

– Eu não sou nem uma coisa nem outra. (…) Converso com os parlamentares, converso com o parlamentar do caso, com os ministros e com o presidente da República, é a minha função – afirmou.

Lira disse ver excessos de todos os lados envolvidos no caso, “senão nós não estaríamos nessa polêmica”. Contudo, compreende que o presidente tem o direito constitucional da graça, que o Supremo pode julgar parlamentar, mas que é o Congresso quem tem a última palavra.

– Essa limitação nós deixamos bem clara. É importante que as pessoas tenham consciência de que é preciso haver limites para todos, e a falta de limites para todos é que causa essa polêmica – finalizou.

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