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China diz que Argentina cometeria ‘erro grave’ se cortasse relações

“Não irei fazer negócios com nenhum comunista”, disse Milei Após vitória

Na terça-feira (21), foi comunicado pela que seria um “erro grave” se a optasse por romper relações com a nação devido à vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais do último fim de semana (19). O presidente eleito da Argentina afirmou que não fará acordos com comunistas.

Milei expressou sua desaprovação em relação à China e ao Brasil, países que possuem grande importância comercial para sua nação. Em um momento anterior, o presidente eleito chegou a fazer uma comparação do governo chinês com um “assassino” e afirmou que os cidadãos do país não possuem liberdade.

“Disse que não irei fazer negócios com a China, mas não irei fazer negócios com nenhum comunista. Eu sou um defensor da liberdade, da paz, e da democracia. Os comunistas não entram aí [nesse grupo]. Os chineses não entram, Putin não entra, não entra aí. Nós queremos ser o farol moral do continente”, declarou Milei no final de setembro.

“Não vamos promover nenhum tipo de ação com comunistas ou socialistas. Isso não quer dizer que os argentinos não possam comercializar. Se querem fazer negócios com China, Rússia, com Brasil, com quem seja, problema dos argentinos”, acrescentou.

De acordo com Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, as relações bilaterais com a Argentina estão em um bom momento e seria um grande erro para Milei cortar os laços do país com outras nações, incluindo China e Brasil.

De acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti, Diana Mondino, uma economista considerada para assumir o cargo de ministra das Relações Exteriores no governo de Milei, declarou que a Argentina não se uniria ao grupo Brics.

A Argentina foi convidada a se juntar ao bloco formado pelo Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul, mas Mondino afirmou que seu país não iria mais interagir com os governos chinês e brasileiro.

Questionada sobre as falas de Mondino, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que “os dois lados têm uma forte complementaridade econômica e um enorme potencial de cooperação”.

“A China está disposta a continuar a trabalhar em conjunto com a Argentina para promover a estabilidade e o desenvolvimento de longo prazo das relações bilaterais”, afirmou.

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