JustiçaNotícias

Papuda não tinha desfibrilador e atendimento a Clezão demorou, mostra relatório

Documento foi feito pela Defensoria Pública do Distrito Federal com base em relatos de detentos do 8 de janeiro no presídio

Após o falecimento de Cleriston no Complexo Penitenciário da Papuda, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) realizou uma visita à prisão. Os detentos relataram que a assistência médica levou em torno de 40 minutos para chegar.

Preso após os atos de 8 de janeiro, Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, morreu na segunda-feira (20/11), durante banho de sol na Papuda.

Apesar da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter emitido parecer favorável à liberdade provisória e a família apresentar um laudo médico alertando para o risco de morte, Cleriston permanecia atrás das grades.

A DPDF visitou a Papuda na terça-feira (21/11). Os responsáveis pelo Centro de Detenção Provisória (CDP) II afirmaram que a tentativa de socorro foi célere, inclusive os chamados para o Samu e Corpo de Bombeiros (CBMDF).

No entanto, os apenados apresentaram outra versão. Segundo os relatos, a penitenciária não contaria com equipamentos necessários para atendimentos de urgência.

Sem desfibrilador

Conforme relatado pelos presidiários aos advogados da defensoria pública, não existia um desfibrilador ou cilindro de oxigênio no local. Eles também enfatizaram que Cleriston estava se sentindo bem, mas começou a apresentar sintomas durante o período de recreação no pátio.

Segundo os relatos, a agente penitenciária responsável pelo grupo entrou em pânico ao não saber o que fazer e solicitou auxílio por meio de mensagens. Os próprios detidos tentaram reanimar o indivíduo, sendo que um deles era médico.

Cerca de vinte e cinco minutos mais tarde, uma médica chegou ao local com um medidor de pressão arterial e um estetoscópio. A DPDF considerou esses instrumentos inadequados para a situação de emergência médica.

Foi ressaltado que somente após cerca de 40 minutos a assistência médica que poderia ter salvo o homem finalmente chegou. No entanto, Cleriston já havia falecido.

No dia do episódio, o GEAIT, que é a área da saúde do presídio, estava fechado devido ao fato de que o Governo do Distrito Federal (GDF) havia implementado o ponto facultativo, resultando em menos servidores públicos presentes.

Artigos relacionados

Um Comentário

  1. Moraes é o único responsável pela morte dele, absurdo!!?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo