Justiça bloqueia R$ 101 milhões de site de apostas promovida por influenciadores brasileiros

Reportagem do Fantástico expõe relação de influenciadores brasileiros com plataforma de apostas suspeita de estelionato

Neste domingo (17), o programa “Fantástico” exibiu uma reportagem sobre a Blaze, uma plataforma de apostas digitais, destacando a relação entre influenciadores brasileiros e a empresa, revelando que mais de R$ 100 milhões da Blaze foram bloqueados. A suspeita é de estelionato.

Os influenciadores mencionados na matéria são conhecidos por promover jogos populares da plataforma, como o “Jogo do Aviãozinho”. Um dos casos em destaque foi o do influenciador Jon Blogs, que, desde 2021, não mantém vínculo com a Blaze. Curiosamente, em 2022, lançou uma música com o nome da plataforma.

Procurados pelo “Fantástico”, os influenciadores citados responderam às acusações. Viih Tube afirmou ter solicitado o encerramento de seu contrato com a empresa; Juju Ferrari declarou não divulgar mais a Blaze, ressaltando que sua relação anterior era estritamente publicitária. Jon Vlogs alegou não possuir qualquer participação acionária na Blaze.

Mel Maia, Juju Salimeni, Rico Melquiades e MC Kauan não se manifestaram na reportagem.

A polícia de São Paulo iniciou uma investigação sobre a Blaze após denúncias de usuários, alegando que prêmios mais elevados não estavam sendo pagos. A suspeita é de estelionato. Além do bloqueio de R$ 101 milhões, a Justiça solicitou a remoção do site, mas a ausência de representantes legais da Blaze no Brasil impediu a eficácia da ordem judicial. Embora um dos sites tenha parado de funcionar, novos surgiram, e os jogos de aposta continuam ocorrendo. A reportagem ainda revelou a existência de três proprietários ocultos da Blaze. Relatórios financeiros indicam que parte dos recursos arrecadados pela plataforma é destinada a esses três brasileiros.

Os advogados contratados pela Blaze argumentam que a empresa está sediada em Curaçao, não configurando infração penal mesmo que os apostadores sejam brasileiros. Citam outro caso semelhante em que o Ministério Público de SP solicitou o arquivamento do inquérito, e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.

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