WhatsApp de Maduro mostra interesse em Grupo de Narcotraficante Venezuelano nos EUA

WhatsApp De Maduro WhatsApp De Maduro
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Maduro exibe conversas do WhatsApp na TV antes de supostamente deletar o aplicativo

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, revelou seu histórico de conversas no “WhatsApp” em frente às câmeras de TV, mostrando suas discussões mais recentes, antes de alegadamente desinstalar o aplicativo de seu celular.

Nas conversas observadas, existe um bate-papo com Jorge Arreaza, ex-genro do falecido Hugo Chávez, que desempenhou vários papéis no regime, incluindo ministro de Ciência e Tecnologia, vice-presidente e chanceler, entre outros cargos.

É possível observar um bate-papo de um grupo intitulado “SEC”, onde uma pessoa chamada Antonietta compartilhou uma mensagem contendo “últimas notícias”. Em seguida, apresenta-se um diálogo com Héctor Rodríguez, governador chavista do estado Miranda, que respondeu com um emoji de polegar para cima a um link remetido pelo ditador, que não pode ser totalmente visualizado. Por último, mostra-se um papo com Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional chavista.

O que mais chama a atenção é o chat mais recente recebido pelo ditador, de uma conversa com Arreaza, que enviou uma notícia da agência EFE sobre uma alerta de possível ameaça da gangue criminosa venezuelana Tren de Aragua no estado do Colorado, nos EUA. Essa mensagem demonstra o interesse do ditador pelos avanços do grupo narcotraficante em território americano, além de mostrar como seus apoiadores, como Arreaza, que não ocupa nenhum cargo no regime atualmente, continuam a enviar notícias sobre a mega-banda do crime organizado.

Antes de o ditador remover o aplicativo diante das câmeras, é possível ver os contatos do número dois do chavismo, Diosdado Cabello, do ministro de Comunicação, Freddy Ñañez, e novamente de Jorge Arreaza.

“Querem paz? Eliminem o WhatsApp”, exigiu o ditador aos venezuelanos.

A atitude de Maduro contra o WhatsApp é uma resposta ao mega hackeamento realizado pelo grupo Anonymous, um coletivo de hackers que derrubou vários sites oficiais do regime.

Segundo as afirmações do ditador, uma variedade de membros do chavismo, abrangendo artistas, funcionários, oficiais de polícia, militares e outros, estariam sendo alvo de mensagens e ameaças anônimas após a prisão de mais de mil indivíduos por protestarem contra a alegada fraude eleitoral executada pelo regime.

O chavismo usava um aplicativo chamado Venapp, dedicado ao controle social do regime, para monitorar quem recebia “benefícios” da ditadura, como cestas básicas, entre outros. O aplicativo também foi utilizado para vigiar as pessoas que foram votar no último domingo, mas, recentemente, durante as manifestações populares contra a fraude, a ditadura começou a usá-lo para que chavistas denunciassem anonimamente as pessoas que iam às manifestações e os fiscais eleitorais, para que fossem sequestrados e encarcerados nas masmorras do regime.

Diante dessa situação, o Anonymous conseguiu acessar os contatos dos chavistas envolvidos nessa “caça às bruxas”, desde capangas até funcionários de alto nível, com o objetivo de expô-los pelos crimes cometidos no país.

Por isso, Maduro decidiu atacar o WhatsApp, alegando que estavam sendo alvo de um “ciberataque” vindo da Colômbia, EUA, Peru, Chile, entre outros.

O Anonymous hackeou 25 contas oficiais do regime venezuelano para manifestar seu repúdio ao flagrante fraude eleitoral, à violação dos princípios democráticos e à supressão da liberdade de voto. Utilizando sua conta no X (antigo Twitter), o grupo acusou diretamente o ditador venezuelano de manipular as eleições.

Maduro disse na segunda-feira que vai “romper relações” com o WhatsApp e alegou que o popular aplicativo de mensagens está sendo usado por grupos “fascistas” para ameaçar a Venezuela. O WhatsApp pertence à empresa americana Meta, controladora do Facebook.

“Vou romper relações com o WhatsApp, porque estão usando-o para ameaçar a Venezuela. Então, vou remover meu WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou transferir meus contatos para o Telegram”, afirmou. “Diga não ao WhatsApp. Fora WhatsApp da Venezuela, porque lá os criminosos ameaçam a juventude e os líderes populares.”

Ele afirmou que “se governa assim a partir de telefones na Colômbia, em Miami, no Peru, no Chile. Se escondem covardemente atrás do anonimato”.

O regime de Maduro está cada vez mais isolado, diante dos apelos da comunidade internacional para que sejam publicados os registros eleitorais.

“Pelo WhatsApp estão ameaçando a família militar venezuelana. A oficialidade. (…) Pelo WhatsApp estão ameaçando todos que não se pronunciam a favor do fascismo (…) Primeiro passo: Retirada voluntária, progressiva e radical do WhatsApp”, acrescentou o mandatário, pedindo aos venezuelanos que o sigam nas aplicações Telegram e WeChat.

“E ao WhatsApp dizemos: WhatsApp, vá para o inferno. Pare de ameaçar os venezuelanos e as venezuelanas. Porque é usado por criminosos. Os criminosos têm chips colombianos, chilenos, americanos”, concluiu o ditador, entre aplausos do público.

1 comments
  1. Esse homem recebeu honras de chefe de estado aqui, do presidente dessa nação!!! Isso não incomoda nossas autoridades? Nem os três poderes? A mim incomoda, preocupa e muito!!!

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