TSE realizará pesquisa para entender alta abstenção nas eleições

TSE realizará pesquisa para entender alta abstenção nas eleições municipais, diz ministra Cármen Lúcia
Urna Eletrônica Foto, TSE,Secom,Antonio Augusto Urna Eletrônica Foto, TSE,Secom,Antonio Augusto
Urna Eletrônica Foto, TSE,Secom,Antonio Augusto

TSE realizará pesquisa para entender alta abstenção nas eleições municipais, diz ministra Cármen Lúcia

No domingo (27), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que a Justiça Eleitoral conduzirá uma pesquisa para compreender as razões da elevada taxa de abstenção nas eleições municipais deste ano.

Conforme as estatísticas finais do pleito, o segundo turno registrou uma abstenção de 29,26%, o que significa que praticamente um em cada três eleitores optou por não votar. No primeiro turno, a taxa de ausência nas urnas foi de 21,68%.

“Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”, disse a ministra.

O período eleitoral deste ano foi marcado pela segunda maior taxa de abstenção da história, ficando atrás apenas do período de pandemia da Covid-19. Durante aquela eleição, que ocorreu sob restrições, o primeiro turno registrou a ausência de 23,2% dos eleitores, e o segundo turno, de 29,5%.

Cármen Lúcia afirmou que o TSE realizará uma pesquisa em colaboração com os Tribunais Regionais Eleitorais para descobrir as possíveis razões e obstáculos que causaram a ausência dos eleitores nas urnas.

“Houve município que teve 16% de abstenção, e houve município com 30%”, justificou a ministra ressaltando que o TSE precisará tocar localmente as variáveis que influenciaram a abstenção.

Maiores abstenções

Observe a quantidade de eleitores que se abstiveram de votar em algumas das capitais que realizaram o segundo turno:

  • São Paulo: 31,51%, 2,9 milhões de eleitores;
  • Belo Horizonte: 31,95%, 636,7 mil eleitores;
  • Curitiba: 30,37%, 432,4 mil eleitores;
  • Goiânia: 34,2%, 352,3 mil eleitores;
  • Porto Alegre: 34,83%, 381,9 mil eleitores;
  • Belém: 25,19%, 266 mil eleitores;

A cidade de Manaus foi mencionada pela ministra Cármen Lúcia como uma potencial preocupação devido à possibilidade do baixo nível dos rios aumentar a taxa de abstenção. No entanto, essa preocupação não se concretizou como esperado. O índice de abstenção no segundo turno foi de 23,61% e no primeiro de 19,94%.

“No Amazonas, onde tínhamos uma preocupação em relação à estiagem, tivemos o menor índice de abstenção do que a gente tinha apurado [na média nacional]. Ali funcionou esse recado dado [pela Justiça Eleitoral] talvez porque a nossa preocupação fosse maior”, pontuou.

O estudo realizado pelo TSE deve se estender pelos próximos dois anos para prevenir que algo similar aconteça em 2026, ano das eleições majoritárias para os cargos de presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. As informações são da Gazeta do Povo.



3 comments
  1. Avisa a essa mulé, que enquanto às urnas não forem auditadas, ninguém acredita nas palavras dela.

  2. A decepção dos eleitores com a esquerda e a má qualidade dos políticos levou grande parte disso eleitores chegarem a conclusão que não está valendo a pena lutar pela democracia que,como diz o presidente,é relariva.

  3. A contagem pública dos votos é um dos pilares de uma democracia, exceto quando ela é relativa.

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