Laura Schertel está entre os indicados para novo grupo que discutirá fake news eleitorais e regras para inteligência artificial
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou, nesta segunda-feira (30), um novo grupo de trabalho focado em estratégias de combate à desinformação eleitoral. Entre os nove integrantes escolhidos para a equipe está Laura Schertel, filha do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.
A equipe será composta por acadêmicos, representantes do Judiciário e do Ministério Público, incluindo o vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa. O grupo será responsável por propor campanhas educativas, realizar pesquisas, organizar cronogramas, coordenar eventos e elaborar relatórios sobre suas atividades.
Subgrupos e envio de relatórios à presidência
Os participantes poderão se dividir em subgrupos temáticos para se aprofundar em questões específicas. Ao final dos trabalhos, as conclusões e sugestões serão formalizadas em documentos e encaminhadas à presidência do TSE. Caso considerado pertinente, o tribunal poderá repassar os relatórios ao Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia.
Entre os membros indicados estão:
- Estela Aranha, assessora da presidência do TSE;
- Um juiz auxiliar da presidência do tribunal;
- Alexandre Espinosa, vice-procurador-geral eleitoral;
- Virgílio Almeida, professor da UFMG;
- Marilda Silveira, doutora em Direito Administrativo;
- Dora Kaufman, especialista em comunicação;
- Laura Schertel, professora e pesquisadora;
- Silvio Romero de Lemos Meira;
- Bruno Bioni.
Inteligência artificial e democracia no foco das discussões
O grupo também discutirá os impactos da inteligência artificial (IA) na esfera eleitoral. Parte dos integrantes defende a necessidade de regulamentação da IA, alertando para os riscos de manipulação digital.
“Há melhor jeito de reorganizar essa sociedade para que valores humanos e democráticos sejam preservados”, afirmou Virgílio Almeida.
O professor ressaltou que o avanço das tecnologias impõe um novo paradigma para as democracias e que o debate é inadiável.
“Em um cenário de desinformação e crise institucional, cabe aos profissionais da Justiça Eleitoral atuar com agilidade e transparência, mostrando à população que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas para garantir a integridade do processo democrático”, afirmou Marilda Silveira, que também integra o grupo.
Alguns especialistas do grupo também alertaram para o papel do ambiente digital na formação política dos jovens e o risco de influência de discursos de extrema direita nesse contexto.
O risco é só a influência dos grupos de extrema-direita. A extrema-esquerda é limpinha. Esses caras são criminosos. Não se preocupam mais em disfarçar a perseguição política.